Quem passa pela alameda dos plátanos do Parque e vê as imponentes árvores que a ladeiam está longe de imaginar que algumas delas estão em risco de cair. A Câmara das Caldas vai retirar 12 árvores em risco antes do Inverno e depois irá proceder a replantações no mesmo local.
Uma dúzia de plátanos serão cortados e retirados do Parque D. Carlos I. Estas árvores centenárias, que estão quase todas na Alameda dos Plátanos, encontram-se debilitadas e são um risco de segurança para as pessoas que ali passam. “Estão ocas e com fungos que já provocaram cavidades de grandes dimensões que fragilizaram as árvores que, que com os ventos fortes, podem cair”, explicou a engenheira florestal da Câmara, Paula Almeida.
A previsão é de que a retirada das árvores venha a acontecer ainda antes do Inverno. Será depois aproveitada a métrica existente e feito um estudo de recolocação das árvores e a sua replantação.
Uma outra árvore, um Acer Negundo que corre o risco de cair porque o seu tronco rachou e dividiu-se em três, ficará apoiada numa estrutura que está a ser feita pelo Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor.
A autarquia irá também, juntamente com o Instituto de Patologia Vegetal do Instituto Superior de Agronomia, fazer uma avaliação fitossanitária de todas as árvores do parque. Este trabalho será feito a partir de Outubro, conforme explicou Tinta Ferreira durante a visita que fez ao Parque, juntamente com outros autarcas, na tarde de 19 de Setembro, para mostrar a sua “normalidade” após a realização da Feira dos Frutos.
Entretanto, está quase terminado o Plano de Gestão para o Parque e Mata, pelo Gabinete da Regeneração Urbana da Câmara das Caldas, que será depois enviado à Direcção Geral do Património e à Assembleia Municipal. Este documento prevê, por exemplo, a criação de um parque de esculturas no antigo parque de campismo da Orbitur, assim como de um portão de ligação ao Centro de Artes e um quiosque, agregado ao Centro de Interpretação do Parque e Mata.
O Plano de Gestão definirá ainda os eventos a realizar naquele local (nomeadamente o Festival do Cavalo Lusitano, a Frutos e as comemorações do Dia da Criança) e alguns investimentos relacionados com as infraestruturas eléctrica e de abastecimento de água.
Três interessados nos Pavilhões do Parque
Existem três empresas interessadas nos Pavilhões do Parque, disse o presidente da Câmara à Gazeta das Caldas. Além da Visabeira, cuja manifestação de interesse já era pública, há mais um investidor português e outro estrangeiro, que o autarca espera agora que formalizem a proposta no concurso público internacional, que actualmente está a ser debatido pelo executivo.
Este concurso prevê a concessão dos Pavilhões, antigo casino e Casa da Cultura para instalação de uma unidade hoteleira, por um período de 50 anos. Esse documento terá ainda de passar também pela Assembleia Municipal.
Entretanto, a Câmara das Caldas adjudicou à empresa A2P o projecto de estabilização dos Pavilhões do Parque, por cerca de 30 mil euros. O estudo aponta para a reparação do telhado, a colocação de elementos de protecção e revestimento dos vãos e a reparação, regularização e limpeza do sistema de drenagem de águas pluviais.
“Se correr tudo bem, o projecto não é necessário, mas, caso contrário, temos que abrir concurso para a obra”, diz o presidente da Câmara, confiante de que aparecerá um investidor interessado na reabilitação daquele património.