O verão na Foz do Arelho foi marcado pelas festas, pelo calor incomum e pelas boas ondas
O final da época balnear – 10 de setembro – aproxima-se. É, pois, altura de fazer um balanço do verão na Foz do Arelho. Se a praia é conhecida pela sua brisa fresca e pelo nevoeiro, este ano, não escapou à onda de calor que se fez sentir nas semanas passadas, com vários banhistas a acorrer à praia para aproveitar o insólito.
Este ano, as visitas à praia caldense registaram um “acréscimo bastante razoável, tanto de estrangeiros como de portugueses”, segundo o presidente da Junta de Freguesia, Fernando Sousa. Assim o dizem as conversas tidas com empresários e a sua observação. A hotelaria e a restauração têm estado “sempre a bombar”, não dando “vazão” para todos que as procuram, o que faz com que haja uma migração para as “freguesias vizinhas” em busca destes serviços, afirmou ainda.
David Martins, 21 anos, natural de Leiria e estudante universitário de Economia em Bristol, foi passar o dia à Foz durante as férias escolares, e contou que gostou “bastante” de voltar a uma praia que já não visitava “há algum tempo”. O clima foi propício a bons momentos em família, mergulhos na lagoa e à leitura, requisitada na biblioteca de praia, que encerra hoje.
“Penso cá voltar”, salientou, afirmando que a visita se revelou numa boa aposta para “aproveitar o sol português, que não se pode dar como garantido, porque em Inglaterra não brilha tanto”.
O casal alemão Karsten Mohr, de 26 anos, gestor, e Miriam Gedack, de 25 anos, fisioterapeuta, também esteve de passagem pela zona. Estando de férias em Portugal durante duas semanas, alugaram carro no Porto e desceram até Lisboa. Pelo caminho, pernoitaram na Nazaré e em Peniche, com a paragem na Foz pelo meio.
“Gostámos muito da praia e da lagoa”, afirmou Karsten, e Miriam comenta que ficou espantada por “ver menos surfistas do que pensava” no mar dadas as “boas ondas”. O casal aproveitou para passear nos passadiços, e, para terminar o dia, afirmou que gostaria de conduzir em torno da lagoa para observar aves. “Se tivéssemos sabido antes acerca dos desportos náuticos, provavelmente teríamos ficado um pouco mais de tempo”, rematou o alemão.
“Acho que o verão funcionou e, portanto, penso que devemos seguir esta linha, melhorando a qualidade”, afirmou Fernando Sousa, destacando o número de visitas à Casa das Conchas desde a sua reabertura: cerca de cinco mil.