Grelhadas e fritas em azeite são tradição, mas no certame há também à lagareiro, em cabidela ou… numa chanfana
A grande versatilidade da codorniz é sempre o foco no Festival da Codorniz do Landal, que anualmente atrai milhares de pessoas àquela localidade. Este ano não foi diferente. Grelhadas e fritas são a tradição, mas no festival encontram-se codornizes para todos os gostos.
Este ano encontramos, por exemplo, codorniz à lagareiro, cabidela de codorniz e até chanfana de codorniz. Mas também há alentejana de codorniz, canja ou as perninhas fritas. Os ovos aparecem em vinagrete, cozidos ou estrelados e, para a sobremesa, no pudim.
Nesta 12ª edição foi novamente dado o pontapé de saída no festival com a apresentação de uma omelete gigante, feita com ovos de codorniz.
Com um total de 17,28 metros de comprimento, a omelete resulta da confeção de mais de 10 mil ovos e é preparada pelas associações.
Ao longo de quatro dias houve várias iniciativas e concertos com artistas como os Bico d’Obra e Ruth Marlene, entre outros.
Realizou-se uma caminhada pela rota da codorniz, um torneio de futebol de veteranos (com a participação do Sporting Clube de Portugal) e os festejos do dia da Criança.
Realizou-se ainda um passeio de bicicleta pela freguesia, uma missa seguida de procissão e uma tarde de folclore, tudo no último dia do evento.
O presidente da Junta de Freguesia do Landal, Armando Monteiro, disse que pretendem colocar a omelete no livro do Guiness, o que voltou a não acontecer este ano, e que estão atualmente a ultimar os estatutos da confraria da Codorniz, cujo traje esteve exposto no festival.
O autarca fez notar que já têm dois restaurantes oficiais onde é possível degustar esta iguaria durante todo o ano e aproveitou a ocasião para chamar também a atenção para as preocupações mais sentidas na sua freguesia, nomeadamente, a falta de acesso a cuidados médicos, as dificuldades em termos de habitação e ainda a fraca qualidade da internet.
O presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, afiançou que continuam “a trabalhar” para resolver as questões relativas à saúde na freguesia. O edil caldense notou também a evolução e o crescimento do certame. “Ano após ano o festival está mais completo, creio que nunca teve tantas associações e o espaço do recinto nunca foi tão grande”, observou.
Já Daniel Pinto, diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, que é parceira do evento, salientou o trabalho feito no desenvolvimento técnico de um produto que é de exceção e deixou, novamente, a sugestão de criação de uma semana, quinzena ou mês da codorniz nas Caldas.
Para a inauguração do certame, os alunos desenvolveram, por exemplo, pernas de codorniz fritas com maionese de alecrim, um canapé de guisado de codorniz, mini tarteletes de massa folhada com codorniz estufada e espetadas de ovo de codorniz com cogumelos, entre outras iguarias.
Um vinho… do Landal
Uma das grandes novidades deste ano foi o lançamento do vinho Adega Maria Emília (AME), uma aposta do jovem empreendedor João Santos, que era engenheiro mecânico e que decidiu apostar na produção de um vinho com castas locais, produzido de forma tradicional e que pretende prestar uma homenagem à sua avó.
O tinto da Adega Maria Emília foi lançado no final do último ano e, tanto a adega, como as vinhas ficam localizadas bem próximo do recinto do festival, no Landal. ■