A doença do beijo

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A doença do beijo, ou seja, a Mononucleose Infeciosa é uma doença causada pelo vírus Esptein-Bar (EBV), que foi descrita pela primeira vez em 1964.
Este vírus pertence à família herpesvirus, dos quais fazem parte o herpes simples e o vírus da varicela, entre outros. O EBV é um herpesvírus amplamente disseminado que é transmitido pelo contacto íntimo entre pessoas susceptíveis ao vírus e considera-se que o ser humano é o seu principal reservatório. Afeta mais de 90% da população em todo o mundo, principalmente adolescentes e adultos jovens, sendo transmitido pela saliva (daí o nome de doença do beijo). Após infetar um novo hospedeiro, o vírus mantem-se no organismo durante um período médio de cerca de seis meses após o contágio, sendo que cerca de 20% a 50% dos casos apresentam sintomas, sendo diagnosticados com Mononucleose Infeciosa. Assim, mesmo que não ocorram sintomas, a pessoa infetada pode transmitir o vírus a outras, através da saliva, sendo por isto importante evitar partilhar alimentos, pratos, copos e outros utensílios com outras pessoas, sobretudo crianças, pois há risco de transmissão do vírus.
O vírus afeta um tipo de células brancas do sangue, os chamados linfócitos B, e origina a produção de linfócitos atípicos característicos da doença, que podem ser úteis no diagnóstico da mesma através de análises sanguíneas em laboratório.
Na maior parte dos casos, o nosso sistema imunitário consegue combater a doença por si só durante períodos de tempo prolongados, o que sugere que as respostas imunitárias protetoras estão preparadas para lidar com este desafio ao longo da vida. O isolamento de doentes com Mononucleose não é necessário, uma vez que a infeção pelo vírus EBV é extremamente prevalente.
Caso haja o desenvolvimento da Mononucleose, os sintomas habituais incluem febre, faringite, fadiga e aumento dos gânglios linfáticos. Esta patologia é geralmente benigna, mas ocasionalmente pode ser associada a consequências mais graves como problemas no baço ou fígado, podendo nalguns casos ocorrer um aumento do volume do baço (esplenomegalia) e petéquias no palato (pontos vermelhos).
A nível de tratamento, é crucial manter uma hidratação adequada e descanso para repor os níveis de energia do doente e o mais importante é o combate dos sintomas, geralmente muito desagradáveis, recorrendo a analgésicos e antipiréticos. Pode ser necessário recorrer a medicamentos antivirais em casos mais graves, mas apenas com indicação do médico.

Grupo de Farmácias Correia Rosa
Farmácia Rosa

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