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As revisões dos veículos elétricos são mais baratas e espaçadas, mas são indispensáveis
Muita gente se questiona como é, afinal, feita a manutenção de um elétrico? Quais os principais cuidados? E, contas feitas, a manutenção tende a ser mais caro ou mais barata?
Os carros elétricos têm algumas vantagens no que à manutenção diz respeito quando comparados com os automóveis a combustão. Mas desengane-se aquele que pensa que não precisam, por serem elétricos, de ir à oficina para fazer a revisão!
Regra geral, é aconselhável uma revisão da viatura a cada ano ou a cada 15 mil quilómetros, sendo que os fabricantes indicam, por norma, a periodicidade das manutenções de cada marca e modelo. Ainda assim, num veículo elétrico, “em princípio, as revisões serão mais espaçadas e os preços tendem a ser inferiores”, explica o Automóvel Club de Portugal. Tal deve-se ao facto de o motor ser menos complexo. Há que ter em conta que “elementos como o óleo do motor, filtro de óleo, filtro de ar, filtro de combustível, correias de distribuição ou velas, por exemplo”, deixam de ser preocupação (e de representar gastos). “Ainda assim, há peças indiretamente associadas ao motor que se mantêm nos carros elétricos. É o caso do radiador, destinado aos sistemas de refrigeração ou do ar condicionado”, frisa a mesma fonte.
Mas a principal questão na manutenção dos carros elétricos é mesmo as baterias. Este “é o elemento mais sensível e que requer maior atenção porque a sua substituição (total ou apenas de um módulo) pode acarretar custos avultados”. Assim, é aconselhável ter alguns cuidados com a conservação desta parte do seu veículo. Sendo certo que as baterias vão perdendo eficiência ao longo do uso (tendo uma estimativa média de vida situada entre os 15 e os 20 anos), também é certo que “a adoção de cuidados pode ajudar a prolongar a sua vida útil”. Neste campo o ACP aconselha, por exemplo, “não deixar descarregar a bateria abaixo dos 10%, nem carregá-la acima dos 80%; reservar os carregamentos rápidos apenas para emergências; não colocar o veículo a carregar imediatamente após a sua utilização; proteger a viatura de temperaturas extremas (muito frias ou demasiado quentes) e evitar a exposição solar durante o carregamento”.
Outro ponto sensível e que, caso seja proprietário de um carro elétrico, vai requerer a sua atenção é o sistema de refrigeração da viatura, ao qual deverá estar regularmente atento (assim como aos níveis do líquido). Depois, há algo que não deve também descurar, pela sua segurança. Trata-se das pastilhas e discos dos travões, logicamente. Ainda que “o seu desgaste seja inferior ao observado nos carros convencionais”, devido a “uma característica importante dos elétricos: a travagem regenerativa” que “permite que a energia do motor elétrico seja recuperada durante os momentos de travagem ou desaceleração. No entanto, apesar da travagem regenarativa contribuir para a maior preservação das pastilhas e dos discos dos travões, “é recomendável efetuar uma revisão periódica, consoante a quilometragem indicada pelo fabricante” do seu veículo.
Há, ainda, a questão dos pneus, abordada num outro artigo, mas que não pode deixar de ser falada aqui. É que “o desgaste dos pneus nos elétricos é maior, pois estes automóveis são cerca de 20% a 30% mais pesados do que os tradicionais devido, sobretudo, às baterias. Além disso, os elétricos têm um poder de aceleração maior, o que também contribui para a deterioração dos pneus. Assim, importa escolher modelos capazes de assegurar o melhor desempenho e autonomia, bem como uma menor resistência ao rolamento”, frisa o Automóvel Club de Portugal.
Por fim, temos o filtro de ar e o ar condicionado, cuja manutenção é indispensável.
Portanto, recorde-se que, sendo a manutenção dos elétricos mais espaçada e mais barata do que nos carros com motores tradicionais, esta não deixa de ser indispensável! ■