GAES deixa conselhos sobre o que fazer e evitar para uma maior proteção dos ouvidos no inverno
Faça chuva ou faça sol, esteja frio ou calor, a atenção à saúde devia manter-se constante, não se compadecendo com as mudanças de temperatura. Mas há, de facto, alturas do ano em que os cuidados devem ser reforçados. Como é o caso do inverno, época em que também a saúde auditiva merece uma atenção especial.
“Na verdade, o inverno é a estação do ano em que os dias frios e chuvosos imperam, sendo consequentemente a altura do ano mais propícia à existência de doenças como as otites médias agudas”, confirma Alexandra Marinho, audiologista da GAES. Este é, de resto, um dos problemas que mais afeta a população portuguesa, com 60% dos casos a manifestarem-se nos meses mais frios, de acordo com um dos estudos realizados pela GAES.
Importante é, também, “alertar a população para uma maior consciencialização de que infeções como a otite média podem levar à perda auditiva. Este problema é caracterizado por uma inflamação na orelha média, afetando qualquer indivíduo, independentemente da idade. Estima-se mesmo que 9% a 18% das crianças possam vir a ter três ou mais infeções destas no primeiro ano de vida”, reforça a audiologista.
Porque também aqui prevenir pode ser o melhor remédio, há conselhos simples que podem fazer a diferença:
– Evitar o uso de cotonetes, uma vez que a cera acumulada junto à membrana timpânica é por estes empurrada;
– Depois do banho, secar os ouvidos com o auxílio da toalha, tendo especial atenção se tiver que sair de casa. Gorros e “tapa orelhas” são os melhores aliados do vento e das mudanças de temperatura;
– Em caso de inflamação, aplicar uma botija de água quente na parte externa do ouvido, visto que é uma forma de a atenuar;
– Em caso de bronquite ou faringite, o melhor é estar atento aos sintomas e procurar o tratamento adequado para que a infeção não passe para os ouvidos;
– A prática de desportos aquáticos aumenta a suscetibilidade a infeções. Deve, por isso, usar-se tampões auditivos e touca;
– Aconselha-se uma alimentação equilibrada, contemplando vitaminas como a B-12, presente em alimentos como o leite e os seus derivados;
– Sempre que possível, fazer uma avaliação auditiva.
Sara Martinho
Consumer&Lifestyle Division Manager