A experiência de hospitalização é fonte de stress e ansiedade para a maioria das crianças, podendo mesmo contribuir para um risco acrescido de perturbações de comportamento e de psicopatologia a médio e longo prazo. No entanto, é possível reduzir os efeitos negativos dessa experiência, potenciando os seus aspetos mais enriquecedores.
A hospitalização é mais perturbadora durante a primeira infância e período pré-escolar, nomeadamente entre os 6 meses e os 4 anos, período em que a separação dos pais é mais perturbadora e os tratamentos são percecionados como mais assustadores.
As crianças mais crescidas estão protegidas pois tem mais facilidade em manter relações estáveis apesar da separação mas também para compreender a necessidade dos tratamentos.
A ansiedade e o sofrimento associados ao internamento hospitalar dependem da doença em causa e dos tratamentos necessários. É fundamental conjugar esforços e combinar intervenções médicas e psicológicas para aliviar a dor e a tensão inerentes. As metodologias de distração, autocontrolo, resistência ao stress, relaxamento são muito eficazes.
Independentemente das condições da hospitalização, é necessário que o psicólogo desenvolva uma intervenção individualizada, focada em cada criança e na sua família. A preparação para a hospitalização é muito importante para evitar manifestações de ansiedade durante e após o internamento. Assim, é fundamental evitar o internamento hospital sempre que possível, reduzir o internamento ao mínimo e levar os brinquedos que a criança mais gosta, de forma a aliviar a tensão e tornar esta fase menos desconfortável.
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