Face a comportamentos que os pais julgam como inadequados, vem o castigo.
Quando proibimos as crianças de fazer alguma das coisas de que gostam porque se portaram mal, estamos a penalizar os seus maus comportamentos, castigando na tentativa de que as ações indesejadas deixem de ser praticadas.
Isto tem duas vantagens – é rápido e elimina os comportamentos inadequados.
E desvantagens? Uma série de reações emocionais, muitas vezes não percebidas pelos adultos, que nos fazem pensar que o castigo pode não ser a melhor forma de reduzir os comportamentos menos adequados.
Conversar/Refletir é sempre a melhor e primordial solução!
Optando pelo castigo, para que seja o mais eficaz possível, é preciso prestar atenção a uma série de variáveis: intensidade, duração (se for prolongado pode ser mais eficaz), contiguidade (imediatamente após a atitude ou comportamento que deve ser eliminado), contingência (não deve ser retirado até que o mau comportamento cesse) e a existência de alternativa.
Por exemplo, se uma criança partiu um objeto por estar a brincar em casa com a bola, quando os pais não permitem isso, deve apanhar todos os pedacinhos partidos e limpar a área e depois deve fazer-se uma reflexão sobre o que se passou – porquê? O que posso fazer para que não volte a acontecer?
A punição nem sempre é a maneira mais conveniente de educar. A criança acaba por se sentir frustrada. Gera revolta contra quem castigou e sentimento de impotência.
É fundamental mostrar sempre a alternativa. Explicar o que deve fazer, o que não deve fazer e as consequências de infringir as regras, para que a criança saiba o que está certo e o que será punido.
Para que a dinâmica da educação não seja centrada no castigo face à resposta indesejada, é muito importante reforçar comportamentos positivos, elogiando, mostrando que os pais reconhecem e ficam muito felizes face aos bons comportamentos, com o objetivo último do reforço da motivação intrínseca – eu vou fazer isto não pelos outros mas porque é muito importante para mim!