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A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afecta 1% da população mundial com mais de 65 anos, e resulta da diminuição da produção de dopamina em zonas específicas do cérebro.
Os sintomas clássicos da DP são o tremor, a rigidez e a lentificação dos movimentos; no entanto, existem outros sintomas associados à doença como sejam: alterações do humor, do equilíbrio, tonturas, dificuldade em engolir, alterações de sono, urinárias e obstipação.
Apesar dos avanços da ciência, ainda não foi descoberta a cura, sendo o seu tratamento centrado na melhoria dos sinais e sintomas e na manutenção da autonomia.
Um dos tratamentos farmacológicos padrão é a levodopa, a qual, nas fases em que a pessoa apresenta flutuações motoras, requer um cumprimento rigoroso dos horários de toma da medicação. Para além da medicação, os enfermeiros assumem uma posição privilegiada para avaliar como a doença afecta as necessidades básicas, compreender a resposta aos medicamentos, intervir juntamente com a pessoa no plano terapêutico e avaliar os resultados obtidos. Para garantir uma boa adesão ao tratamento, o enfermeiro avalia o risco de não-adesão e planeia estratégias facilitadoras de uma comunicação e aconselhamento eficientes, envolvendo a pessoa, os familiares e os cuidadores no tratamento. Neste sentido, o enfermeiro intervém nas áreas de educação, esclarecimento de dúvidas, orientação da gestão medicamentosa, acompanhamento durante o tratamento e progressão da doença, estratégias de adaptação funcional face às limitações do quotidiano; suporte emocional e expressão de sentimentos; integração em grupos de apoio; encaminhamento para áreas especializadas.
Em suma, o enfermeiro é o elemento da equipa multidisciplinar que pode funcionar como elo de ligação entre a pessoa com DP, o cuidador, a comunidade e a equipa de profissionais de saúde, pois promove o papel activo da pessoa no seu processo de doença, com melhor qualidade de vida, autonomia e bem-estar.
No dia 12 de Maio comemora-se o dia Internacional do Enfermeiro, constituindo uma oportunidade para valorizar o papel dos enfermeiros nos cuidados de saúde à população em geral, e no nosso caso em particular, às pessoas com Doença de Parkinson (DP) e outras doenças neurodegenerativas.
Marli Lopo Vitorino
Enfermeira, CNS – Campus Neurológico Sénior
