Investimento municipal de 100 mil euros garante realização de uma prova com um enorme impacto na economia local
Segundo a Ocean Events, a empresa responsável pela realização em Peniche da etapa portuguesa do Campeonato do Mundo de Surf, este ano os surfistas tero como novidade a possibilidade de usarem um ‘Apple watch’, através do qual receberão informações ao segundo sobre a bateria, no âmbito de uma parceria com a empresa norte-americana. Outra das novidades este ano, já da responsabilidade municipal, será a inauguração de uma escultura alusiva aos desportos de deslize na onda, a par do incremento das festas ‘sunset’ no local da prova desportiva.
Segundo revelou o vereador Ângelo Marques à Gazeta, “o Município de Peniche vai organizar uma série de iniciativas com o intuito de dinamizar a economia local e permitir uma interação entre aqueles que nos visitam e a comunidade local, para além das várias atividades desportivas e culturais, gastronómicas que vamos levar a cabo no areal de Supertubos, vamos também com a colaboração dos restaurantes do nosso concelho disponibilizar o ‘Menu do Surf’ nos estabelecimentos aderentes”. No dia 10, sexta-feira, o centro da cidade piscatória será palco de um grande evento musical e, paralelamente, será apresentado publicamente o projeto ‘Peniche Península Segura’, que visa garantir um dispositivo de segurança nas praias do concelho.
Para o autarca responsável pelos pelouros do turismo e desporto da edilidade, “a etapa mundial de Peniche tem uma importância vital e um impacto positivo, direto e indireto no setor turístico da região Oeste e em particular do nosso concelho”. Ângelo Marques não tem dúvida de que o evento “permite criar uma notoriedade do nosso concelho junto dos públicos-alvo nacional e internacional e, no que ao marketing territorial diz respeito, permite a identificação de Peniche como um território de excelência para a prática de desportos de deslize de onda, com especial realce para as nossas belezas naturais”. O grande desafio é que esse impacto possa perdurar ao longo do ano para além da etapa do campeonato do mundo.
Neste percurso de 12 anos nas ondas do concelho, a etapa mundial constitui, para Ângelo Marques, “um elemento chave pois tem contribuído para um forte desenvolvimento da economia local, uma vez que potenciou a abertura de novos negócios ligados às modalidades do ‘surfing’ e contribui para um aumento de receitas turísticas no concelho e na região”. E, ainda, “contribui de forma significativa para atenuar sazonalidade sentida nos meses de inverno”.
Em termos financeiros o investimento municipal ronda os 100 mil euros, envolvendo os aspetos logístico e operacional. Algo que se traduz, para o autarca, “um grande desafio que envolve o empenhamento de muitos serviços do município, seja nas montagens, manutenção e desmontagem do evento”. A edilidade garante ainda no decorrer das provas, em permanência no local, as equipas de limpeza, vigilância, proteção civil, canalizadores, ação social, turismo, desporto, educação e cultura. “Tudo isto se traduz em custos diretos e indiretos para o município, que são variáveis, dependendo do número total de dias de prova e do número de dias da janela de espera, bem como se a prova tem de ser deslocalizada para uma outra praia do concelho, que não seja a praia dos Supertubos, procurando assim as melhores ondas para os melhores surfistas do mundo, femininos e masculinos”, esclarece ainda Ângelo Marques.
A oferta de estadia em estabelecimentos de alojamento turístico no concelho de Peniche, segundo dados oficiais, é constituída por 63 unidades: 8 hotéis (3 de 4 estrelas; 2 de 3 estrelas; 3 de duas estrelas), 52 Alojamentos Locais e 3 Turismos em Espaço Rural. Esta oferta permite acolher, em simultâneo, 2.205 hóspedes, complementados por 8 equipamentos de campismo e/ou caravanismo. ■