Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância de proteger os olhos da luz solar

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No verão, o reflexo da luz solar na areia e na água pode desencadear lesões na córnea e, a observação direta do sol pode provocar retinopatia solar.

No verão e com a chegada das férias, o aumento dos índices de raios ultravioleta (UV) e a maior exposição à radiação solar pode acarretar importantes consequências a nível ocular. A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa o alerta: em período de férias, os olhos ficam particularmente expostos a certos agentes agressores, pelo que a prevenção de potenciais lesões oculares é fundamental que seja tida em conta.
As férias são sinónimo de maior exposição à radiação solar que pode acarretar importantes consequências a nível ocular tendo em conta os efeitos provocados pela radiação ultravioleta. “Em casos extremos pode haver um sério compromisso da função visual”, explica a Dra. Rita Flores, oftalmologista e secretária geral da SPO. “A radiação UV pode propiciar o aparecimento de catarata, desenvolvimento de tecidos anómalos na superfície ocular como os pterígios e neoplasias malignas. Para além disso, o reflexo da luz solar na areia e na água pode ainda desencadear lesões na córnea e a observação direta do sol pode provocar retinopatia solar (queimadura na macula) ”.
Todas as pessoas, independentemente da idade ou da sua pigmentação cutânea, estão suscetíveis aos danos que a radiação UV pode provocar. Contudo, como afirma a Dra. Rita Flores, “as crianças e indivíduos de pele clara são particularmente vulneráveis a este tipo de lesão e estudos demonstraram que certas doenças oculares como as distrofias retinianas podem aumentar esta vulnerabilidade”.

Alguns conselhos úteis a ter em conta:

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-Apesar de não anular o risco de doença ocular, a proteção com recurso a chapéu e a óculos de sol com filtros adequados minimiza a probabilidade de lesão por exposição ao sol. Os olhos são particularmente sensíveis ao calor e à desidratação, originando desconforto, prurido, olho vermelho e sensação de corpo estranho a nível ocular. Contudo, o refúgio no ar-condicionado não é propriamente saudável, uma vez que os ambientes refrigerados também diminuem a produção de lágrima.
– O uso excessivo do computador ou tablet irá agravar a sintomatologia. O pestanejo e uso de lágrima artificial são as principais armas no combate do olho seco. Para além disso, uma alimentação rica em ómega 3 e uma hidratação adequada são essenciais.
– Na praia, os grãos de areia podem provocar lesões importantes na superfície ocular. Caso permaneçam alojados no interior das pálpebras, após a lavagem abundante com soro fisiológico, ou persistam sintomas após a sua remoção, deverá procurar a avaliação urgente por um médico oftalmologista.
– Outro importante agressor nesta altura do ano é o cloro utilizado na desinfeção da água das piscinas. Este produto químico pode provocar lesões ao nível da superfície ocular pelo que uso de óculos de natação nestes ambientes é aconselhável. Por outro lado, a água das piscinas pode representar uma ameaça se estiver conspurcada com organismos potencialmente infeciosos. Assim sendo, a exposição direta a estes agentes é novamente desaconselhada.
A Dra. Rita Flores e a SPO deixam assim o alerta e alguns conselhos que se refletem em importantes medidas de prevenção para as férias, salientando ainda “cuide dos seus olhos também durante as férias mas lembre-se que qualquer sintoma anómalo como baixa de visão, dor ou olho vermelho deve motivar a procura por uma observação oftalmológica”.

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