A nova unidade de internamento tem uma lotação de 15 camas e pretende melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde mental
Começou a funcionar, na passada segunda-feira, 4 de março, a Unidade de Internamento de Psiquiatria e Saúde Mental, localizada no Hospital de Peniche. A equipa será composta por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogo, terapeuta ocupacional, técnico superior de psicomotricidade, assistentes operacionais e assistente técnico.
De acordo com a Unidade Local de Saúde do Oeste (ULSO), a nova unidade de internamento terá uma lotação de 15 camas, permitindo “melhorar a acessibilidade e proximidade aos cuidados de saúde mental, descentralizar os serviços e melhorar a integração com os cuidados de saúde primários, famílias e comunidade, evitando as transferências de utentes para internamento em Lisboa, a deslocação das famílias e a sobrelotação nos hospitais centrais”. A criação desta valência de internamento no Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental implicou a remodelação de uma ala de enfermaria da Unidade Hospitalar de Peniche. O investimento, cujo valor total ascendeu a perto de 734 mil euros (suportado pelo PRR e inserido no Plano Nacional de Saúde Mental), permitiu ainda recuperar um espaço inoperacional e com alguns níveis de degradação, criar condições dignas de utilização dos espaços existentes e para a requalificação daquela unidade de saúde.
A ULSO, que agrega numa única entidade o Centro Hospitalar do Oeste, o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte e o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Sul, abrange 235.231 oestinos.
CRI para a Saúde Mental
A ULSO é uma das 15 que, a nível nacional, avança com o projeto-piloto dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) dedicados à saúde mental, com uma duração de 10 meses. O CHO já possui em funcionamento um CRI na área da psiquiatria e saúde mental desde 2020, tendo sido, inclusive, o primeiro CRI do país nesta especialidade. Nesta fase, a ULSO irá participar, tendo em vista melhorar o modelo de avaliação de desempenho das equipas. Ou seja, “é expetável que o modelo evolua no que respeita à monitorização do desempenho e dos incentivos, estando a decorrer projetos-piloto para o efeito”, explica a ULSO à Gazeta das Caldas. As equipas de trabalho são compostas por médicos, enfermeiros, administradores hospitalares, técnicos superiores de saúde, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, assistentes técnicos e técnicos auxiliares de saúde.■