Charanga voltaram a reunir-se para animar o Dia da Cidade

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Ficou em aberto a possibilidade da banda voltar a juntar-se em palco | BEATRIZ RAPOSO
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Depois de em Novembro do ano passado se terem juntado para um concerto de comemoração dos 33 anos do álbum “Aguarela” (lançado no Estúdio 1, ao lado dos Trovante), os Charanga voltaram a reunir-se em palco na noite de feriado municipal, 15 de Maio. O CCC voltou a ser o local escolhido para o reencontro.

“No último concerto ficou logo prometido que voltaríamos para actuar neste dia, tão importante para a cidade”, disse António Freitas, acrescentando que não é garantido que “a aventura acabe aqui porque isto agora é viciante”. O baterista agradeceu ainda a José Carlos Faria, outro Charanga, pela iniciativa de organizar este reencontro e à Câmara das Caldas por ter cedido uma sala do Centro da Juventude para os ensaios.

Eles são oito – António Xavier, António Freitas, Carlos Silva, Fernando Lopes, Francisco Carrilho, José Carlos Faria, José Carlos Flores e Manuel Jorge – e sempre que sobem ao palco mostram-se bem dispostos e com vontade de trazer ao de cima a música popular portuguesa. Ao público, além de aplausos, arrancaram sorrisos.
O alinhamento do concerto incluiu temas originais de “Aguarela” como “Lua”, “O Conde da Alemanha” e “Trilogia”, canções que nunca foram gravadas e agora saíram da gaveta (“O de Metálica” e “A História da Moral”) e ainda músicas compostas especialmente para o espectáculo dos 33 anos, como o hino à amizade que encerrou a actuação. Uma vez mais, o momento alto da noite coincidiu com “Siga a Dança”, tema originalmente escrito por Nicolás Guillén que pôs o público a cantar com a banda.
Antes do concerto em Novembro passado, os Charanga não tocavam juntos há quase 30 anos. A preparação deste espectáculo durante um ano fortaleceu uma amizade que já existe desde os tempos de infância.
A banda caldense formou-se após a revolução de 25 de Abril, movida pela vontade de querer (e poder) comunicar uma mensagem e tocar livremente. Os Charanga chegaram a actuar no Pavilhão de Cascais, abrindo o concerto de Joan Baez, e no último concerto de Zeca Afonso, que teve lugar na Festa da Amizade nas Caldas da Rainha.

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