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Vinte e seis lojas caldenses quiseram fazer parte do projecto “Window Walk” da aluna belga Aude Fauconnier, de 23 anos, que teve a ideia de desenhar nas montras dos estabelecimentos comerciais. O projecto teve um grande êxito, e ao todo nove estudantes da ESAD deram largas à sua imaginação embelezando as vitrinas das Caldas.
Alguns inscreveram motivos natalícios enquanto que outros inspiraram-se nos próprios produtos para criar novas decorações que vão embelezar as montras até ao dia 13 de Dezembro.
Logo de manhã era ver alguns estudantes de caneta em punho a começar a dar nova vida às lojas caldenses. “Algumas pessoas no início ainda temeram que se tratasse de vandalismo, mas nós depois explicámos e acharam que afinal era muito boa ideia”, disse Kevin Claro, 23 anos, que é de Aveiro e foi um dos estudantes que quis participar nesta iniciativa.
O autor conversa com Gazeta das Caldas enquanto “dá vida” a electrodomésticos em todas as montras da loja A. Flores, junto à Rodoviária. O jovem está a frequentar o mestrado em Artes Plásticas na ESAD e acha que esta iniciativa “é muito boa” e que no futuro também podia funcionar bem na sua terra natal.
Magdalena Maglida, de 24 anos, é da Croácia e terminou o seu desenho na loja de lãs que fica na Rua Heróis da Grande Guerra. Vive em Karlovac, também é aluna de Erasmus da ESAD e diz que a ideia de Aude “é algo que fazia falta nesta cidade pois permite dar a conhecer a nossa criatividade”. Diz que as Caldas da Rainha, “como é uma comunidade unida, é a localidade ideal para se estudar”.
Para esta croata a ideia da sua colega belga “faz com que toda a gente ganhe: nós expressamo-nos e as lojas podem conseguir obter mais publicidade. É algo muito feliz e positivo para todos!”.
Carlos Simões decorou a montra da Sportino. Aderiu de imediato a esta ideia e acha mesmo que esta se poderia replicar mais vezes durante o ano. O aluno de Design Gráfico na ESAD acha que a ideia é tão boa que vê com bons olhos a sua extensão até Cantanhede, a sua terra natal. “Era bom animar as suas lojas, tal como estamos a fazer aqui!”.
Gazeta das Caldas conversou com mais alunos e com vários comerciantes e a opinião é unânime: este projecto terá que se repetir mais vezes durante o ano e há quem peça que já na Páscoa os desenhos possam voltar às vitrinas das lojas caldenses.
A mentora do projecto que decorou as montras das Gazeta das Caldas não podia estar mais feliz pela forma como o projecto decorreu nas Caldas com a adesão de tantas lojas. O trabalho obrigou os jovens a pintar montras no domingo. Em seguida, Aude Fauconnier gostaria de desenvolver esta ideia em Lisboa.
N.N.
