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As fotografias do advogado Artur Correia, que foi presidente da Assembleia de Freguesia da Foz do Arelho, estão expostas na escadaria do The English Centre, que durante um mês se transforma numa galeria de arte para a 12ª edição do Artz.
Como fozense, a Lagoa de Óbidos é a grande inspiração do artista, que apresenta nesta segunda mostra individual várias técnicas fotográficas, entre as quais uma se destaca: mais de metade das fotografias são longas exposições. “Têm o mistério de nunca sabermos bem o que vai resultar, porque acaba por ser o vento, as nuvens e a água a fazer o desenho que nós imaginamos”, explicou o fotógrafo.
O primeiro curso de fotografia que Artur Correia fez foi com 16 anos no Atelier Arte e Expressão nas Caldas, onde fez mais uma formação na área. Na altura vivia-se ainda a era analógica, que obrigava à revelação e a referência na cidade era Valter Vinagre. “O bichinho pela fotografia nasceu da curiosidade de saber como é que aparecia a fotografia, como é que saía dos rolos e se transformava para o papel”.
Depois veio o digital e Artur Correia deixou de fotografar. Continuou a acompanhar a área e a comprar revistas até que há dois anos regressou aos disparos, agora com uma máquina digital, mas com lentes manuais fixas, algumas, claro está, antigas (do tempo do analógico) adaptadas.
Artur Correia notou que “com a democratização dos meios digitais as fotografias são cinco segundos, dez ou vinte likes e nunca mais conhecem a luz do dia, nunca mais saem do disco rígido” e disse que tirar fotografias “é um escape para as dificuldades do dia-a-dia, onde procuro alguma paz de espírito”.
O advogado elogiou o projecto educativo do The English Centre e defendeu que “o ensino tem de passar pela arte e pela cultura”.
Carlos Ribeiro, director de marketing da escola de línguas, salientou o papel destas demonstrações artísticas na formação dos alunos, que podem contactar com a arte e com os artistas.
O responsável explicou que conheceu o trabalho de Artur Correia porque é ele quem dá apoio na área jurídica à escola. “Há um dia em que começo a ver fotografias penduradas nas instalações dele e não associava as imagens ao Artur Correia, mas palavra puxa palavra…”, contou.
Mais tarde percebeu que havia ali uma paixão grande pela fotografia e que a Lagoa era um dos locais de grande inspiração para o advogado. “Eu também sou fotografo e uma das minhas paixões enquanto fotógrafo é a Lagoa” e foi assim, numa conversa de amigos, que tudo começou.
A mostra pode ser vista até 22 de Junho.
