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O escultor alcobacense apresenta peças de joalharia que criou desde os anos 1950. Para apreciar, até setembro, na Sociedade Nacional de Belas Artes
Abriu ao público, a 29 de julho, na Galeria Pintor Fernando de Azevedo, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, a exposição “Oitavas da Oficina” de José Aurélio.
A joalharia é mais uma das vertentes deste artista plástico, que, além de escultura, também possui vários trabalhos de medalhística. As primeiras experiência do escultor no universo da joalharia tiveram lugar no Estúdio SECLA, nas Caldas da Rainha, a partir de 1958.
“Reúnem-se nesta mostra trabalhos feitos ao longo dos últimos 60 anos”, contou o artista à Gazeta das Caldas, acrescentando que esta iniciativa se reveste de grande importância, dado que integra a 1ª Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa.
José Aurélio apresenta colares, brincos, alfinetes, anéis, pendentes e botões de punho num total de 150 peças que são feitas em prata, ouro, marfim, cerâmica esmaltada e vidrada e osso.
“As peças mantêm uma frescura que me agrada e são todas diferentes entre si, tal como a minha escultura, pois são feitas de acordo com as minhas emoções”, sublinha o alcobacense, acrescentando que cada uma das joias corresponde a momentos que foram vividos pelo artista. Não há nenhuma inventadas ou construída no vazio. “Muitas foram oferecidas às mulheres da minha vida”, revelou o artista plástico.
Entre as diferentes propostas consta uma de peças sobre os Descobrimentos e que esteve na exposição de Arte, Ciência e Cultura que foi feita em Portugal, nos anos 1980. “Ainda hoje sinto prazer a olhar para estas obras”, contou o autor, que ainda sublinhou o trabalho expositivo do designer Filipe Alarcão que coloca em evidência as peças.
“Oitavas da Oficina” tem curadoria de Laura Castro e decorre ainda de uma parceria entre o Museu do Design e da Moda, a Sociedade Nacional de Belas-Artes e a PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea.
José Aurélio, que está a preparar uma exposição para Óbidos e que será apresentada na NovaOgiva no próximo mês de setembro, vai estar presente na mostra lisboeta a 19 de setembro para participar numa visita guiada onde participará também a curadora do exposição antológica, patente até 22 de setembro. ■
