Mostras em museu e no Teatro Eduardo Brazão

Três autoras expõem num museu caldense enquanto que um alemão, radicado no Oeste, mostra cerâmica e pintura no espaço teatral bombarralense

“Pés acima da terra” abriu no sábado, 7 de dezembro, e acolhe trabalhos de Ana Folgado, de Graça Samora e de Neide Mendes. Todas frequentam o Beco d’Obra, um atelier de pintura e desenho, sediado nas Caldas e que é coordenado pela artista plástica caldense, formada na ESAD.CR, Paula Nobre. As três autoras desenvolveram investigação plástica sobre o caminhar e cada uma desenvolveu o seu projeto a partir desse desafio. Patente estão trabalhos de desenho, monotipias e fotografias. “Na caminhada, vi que as texturas e cores do chão justificavam o trabalho plástico dessa realidade”, disse Ana Folgado, que acabou por realizar uma instalação com a sua pesquisa. Graça Samora focou-se nos muros, nas mensagens que são escritas nas paredes e também em alguns animais. “Imaginei uma personagem que é do caminhante Leopoldo”, disse a autora. Neide Mendes retratou em desenho (usando também colagens) elementos como folhas caídas, árvores, troncos no chão, “coisas que fui vendo ao longo dos meus passeios”. A mostra está patente até 11 de janeiro, no Museu do Hospital e encerrará com concerto musical.

Schittek no Eduardo Brazão
Abre ao público, nos dias 14 e 15 e 21 e 22 de dezembro, a exposição de Thomas Schittek no teatro Eduardo Brazão, no Bombarral. “Regresso” está patente no Salão Nobre do espaço teatral onde podem ser apreciados grandes painéis de cerâmica mas também por obras de pintura a óleo e de aguarelas.
Presentes estão também trabalhos que o autor desenvolveu com alunos da escola básica do Bombarral. “Há dois anos que trabalho na escola e fizemos um grande painel – de cinco por 12 metros de largura que será colocado na fachada”, disse o autor, acrescentando que lhes ensinou todas as técnicas de produção azulejar.
Estão presentes duas colunas revestidas a azulejo, painéis de cerâmica, alguns redondos, onde o artista explora o contraste entre as cores.
Esta exposição marca o regresso deste autor alemão, há muito radicado no Oeste, às exposições individuais, após a pandemia. ■