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Caldense venceu a prova nacional no Wabba e terminou em 2º lugar no Hércules Olympia internacional, provas disputadas no Estoril
É mais uma prova de força. A culturista Mónica Pereira evidenciou-se no Hercules Olympia Portugal 2021, prova que decorreu no Estoril, na semana passada, garantindo mais dois títulos numa carreira já marcada por outras conquistas.
A caldense, também conhecida como Mónica Perez no mundo do fitness, garantiu o triunfo nacional no Wabba Portugal e foi, ainda, 2ª classificada na prova internacional. Além disso, foi ainda eleita a Miss Shape daquele evento, galardão atribuído ao atleta que apresentou, em palco, a melhor condição física.
Estas são conquistas que se sucedem a outras na carreira, nomeadamente as obtidas no ano passado, quando garantiu o 1º lugar na respetiva categoria com coreografia de ginástica rítmica e dançada no Olympia Amateur 2020 e foi 2ª classificada na categoria de Miss Shape no evento Mister Universo 2020, outros eventos com grande relevo em termos internacionais. E que, de resto, acentuam o percurso de uma mulher, de 45 anos, que compete desde os 38 em termos oficiais.
Mónica Pereira, que representa a equipa Team2korpus, considera que é “um orgulho” estar no lote das melhores atletas internacionais na modalidade e revela ambição de continuar a evoluir no mundo do culturismo, que “não só um desporto para homens”.
“O desporto é a minha grande paixão e tem a ver com uma questão de gosto pessoal. Há quem goste muito de fitness e quem não goste tanto, mas este é um estilo de vida”, frisa a caldense, que cresceu em A-dos-Francos e, de resto, conta com o apoio da Junta de Freguesia para continuar a competir ao mais alto nível na modalidade.
Apesar dos bons resultados que tem obtido em provas nacionais e internacionais, Mónica Pereira não desvaloriza “o preconceito a que muitas mulheres musculadas são por vezes”, mas assegura que nada a faz desistir do sonho e promete continuar a marcar pela diferença.
Foco nos objetivos
Esta terapeuta estética chega a trabalhar 12 horas por dia em termos profissionais, mas nem assim descura os treinos e uma boa condição física, procurando conjugar as atividades, por forma a obter uma “forma de descomprimir e viver a vida da melhor maneira possível”.
“Não há desculpas para não treinar”, assevera a culturista, que aos 15 anos já treinava no ginásio e admirava as “mulheres com formas e com músculos” e ambicionava ter “o mesmo tipo de corpo”.
Aliás, para a caldense o culturismo representa “a arte de esculpir o corpo” e uma atividade que lhe permite ter qualidade de vida, ao mesmo tempo que combate os preconceitos, que estão muitas vezes associados à prática do culturismo.
“Quero continuar a trabalhar para participar em provas no nosso país e além-fronteiras, representando as mulheres do fitness português”, sustenta Mónica Pereira, que ambiciona chegar ao estatuto de atleta profissional. Com a força de vontade que tem patenteado, nada parece ser impossível. ■
