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Projeto começou a ser desenhado há um ano por 4 amigos que queriam jogar padel nas Caldas e teve um grande crescimento em 9 meses.
O Clube de Padel das Caldas da Rainha (CPC) vai estrear-se em 2023 na Liga de Clubes da Federação Portuguesa de Padel com seis equipas de quatro escalões. O projeto iniciado há um ano por Nuno Roberto, José Grilo, Martim Norte e Pedro Pires abriu em maio e tem tido um grande crescimento, acompanhando o desenvolvimento da modalidade cuja prática é das que mais cresce no país. O clube já procedeu à inscrição das equipas nos escalões de M5, M4, F5 e Veteranos +45 para participar na Liga de Clubes, que tem início agendado para março. “Já temos os convites aos atletas quase todos feitos e esperamos até ao final deste ano ter as equipas definidas”, contam Nuno Roberto e Martim Norte.
Os atletas que vão representar o CPC na Liga de Clubes vão também ter acesso às provas individuais do ranking da Federação.
As instalações do CPC na Zona Industrial das Caldas da Rainha vão ser a casa da equipa e vão, igualmente, ser palco de alguns torneios do calendário da Federação. “Já existem contactos para termos aqui alguns torneios das categorias 2000 e 5000”, referem Nuno Roberto e Martim Norte.
Grande crescimento
O CPC é o projeto de quatro jovens caldenses, que, a trabalhar em Lisboa, se costumavam encontrar para jogar padel. “Em dezembro do ano passado, depois de um jogo, começámos a pensar que vínhamos para as Caldas na altura do Natal e não tínhamos onde jogar. Um de nós lançou a ideia de abrirmos um campo nas Caldas”, conta Nuno Roberto, que juntamente com Martim Norte, foi quem mais acreditou que o projeto era concretizável. “Começámos a ver orçamentos, entretanto juntaram-se o Pedro Pires e o José Grilo e a partir demos início ao projeto”, contam.
Da ideia inicial à concretização foi “uma aventura” de menos de cinco meses. Grande parte dos trabalhos foram realizados pelos próprios, com a ajuda da família. A abertura foi a 14 de maio, em conjunto com as festas da cidade, e a procura foi tão imediata como surpreendente.
“Sabíamos que havia muita procura, as pessoas daqui estavam a jogar em Alcobaça, Leiria, Torres Vedras, Rio Maior. Mas não esperávamos que crescesse tanto”, refere Nuno Roberto. O clube abriu com três campos e, em agosto, abriu uma quarta quadra.
O clube tem dois professores especializados, que dão aulas aos cerca de 120 alunos já inscritos. “Nos alugueres, a taxa de ocupação é sempre muito elevada”, refere Nuno Roberto.
O CPC também já tem a funcionar uma academia para jovens até aos 15 anos, que é o orgulho dos promotores do CPC. O projeto tem a mentoria de Dário Santos, antigo selecionador nacional, que “é hoje treinador da maior parte dos jogadores que representam Portugal no estrangeiro e foi eleito treinador do ano pela Federação”, refere Martim Norte. Além dos alunos do clube, a Academia tem já uma parceria com o Colégio Rainha D. Leonor que abrange nesta fase 10 alunos do 5º ao 9º ano. Um projeto que o CPC quer alargar a mais alunos e mais escolas.
Outro aspeto que os responsáveis do CPC se orgulham é da parceria com o Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor, que ali leva, todas as terças-feiras, vários utentes para uma hora de prática da modalidade. A parceria estende-se a outras áreas, tendo já os utentes da instituição realizado brindes que o clube ofereceu em torneios.
CRC Padel foi pioneiro
O CPC vai ser o segundo clube das Caldas com prática federada do padel, no qual o Caldas Rugby Clube foi pioneiro. Esse projeto começou com um grupo de amigos a jogar, primeiro, no campo do Bom Sucesso e, depois, no campo de padel da Rua Alberto Nunes Miguel. Impulsionado por Nuno Ribeiro, Ricardo Pimenta e Luís Ramalho, nasceu o clube que foi acolhido como secção do Caldas RC, há cerca de quatro anos. “Organizámos o clube e fomos integrando as pessoas que se juntavam a nós para jogar “, conta Nuno Ribeiro, que assinala o grande crescimento que a modalidade tem tido pela facilidade de aprendizagem.
