Quebra física impediu discussão do resultado

A equipa caldense comandou quase todo o primeiro set, à parte das três primeiras vantagens que foram para os espinhenses. Apesar da divisão dos pontos ser uma constante, os caldenses conseguiam ter um ligeiro ascendente que permitiu abrir uma margem que chegou aos cinco pontos (18-13). Depois o técnico forasteiro pediu um tempo técnico e a raça vareira permitiu uma recuperação até aos 19-19, mas os caldenses responderam na mesma moeda, conseguiram três pontos para fechar o set e fecharam ao segundo.

A principal arma dos caldenses continuava a ser a imprevisibilidade do seu jogo e os vários recursos para finalizar jogadas, embora com Calaça a ganhar alguma notoriedade face aos companheiros, enquanto no Sp. Espinho era José Rojas quem aparecia melhor em ataques a partir de zonas recuadas.

O segundo set mantinha o equilíbrio da partida até à altura em que o marcador ditava um empate a 17 pontos. A partir de então os visitantes ganharam uma margem de três pontos que subiu até aos cinco até final do set.

O jogo estava empatado, mas havia mostras de alguma falta de frescura da parte dos caldenses, o que aliado ao um serviço muito forte do Sp. Espinho deixava os caldenses expostos. Os leões caldenses ainda conseguiram manter-se em jogo na fase inicial do terceiro set, mas a partir do 10-11 o jogo desequilibrou-se de forma irreversível, acabando os espinhenses por fechar o encontro com dois parciais de 15-25 e 19-25.

Nesta jornada concluiu-se a primeira volta do campeonato e o Sp. Caldas é 9º com 17 pontos.

BRILHARETE NA HOLANDA

O jogo de domingo era assim influenciado pelo autêntico brilharete dos caldenses na quinta-feira, 6 de Dezembro, na Holanda para a Taça Challenge. Depois de ter perdido em casa por 0-3, os caldenses precisavam de uma vitória por pelo menos 3-1 para forçar o Golden Set. E foi precisamente o que fizeram. Apesar dos holandeses do Draisma Dynamo terem vencido o primeiro set por 25-19, mas depois só deu Sp. Caldas. Com grande eficácia em todas as acções, os caldenses venceram de forma clara os três sets seguintes por 21-25, 17-25 e 21-25, controlando muito bem todas as tentativas dos holandeses para inverter o sentido do jogo.

A vitória obrigava assim à disputa de um set decisivo, tal como tinha acontecido na Suíça. Com os pontos a serem bastante repartidos, os holandeses foram para a mudança de campo na frente por 8-7 e ganharam o ponto seguinte. O Sp. Caldas ainda conseguiu voltar a empatar o set, a 11 pontos mas os dois seguintes foram novamente para a equipa da casa e a recuperação já não foi possível, acabando o set com o resultado de 15-12.

FREDERICO CASIMIRO, TREINADOR DO SCC

Merecíamos passar mais uma eliminatória

“A equipa do Sp. Espinho luta por outra classificação que nós, estávamos motivados e demos boa réplica, mas ele acabaram por forçar no serviço e criaram dificuldades na recepção, o que complica depois o nosso jogo. Só o conseguimos fazer no primeiro set. Foi pena não termos passado na Holanda, foi uma boa vitória, os jogadores estiveram fantásticos e mereciam ter passado mais uma eliminatória. Não aconteceu, a sorte que tivemos na Suíça não tivemos agora, faz parte. Mas foi uma campanha muito positiva na Challenge Cup. Isso traz alguns reflexos ao nível do cansaço, temos a equipa um pouco curta, mas agora vamos focar-nos no campeonato que é o nosso principal objectivo. Caímos um pouco com estas três derrotas, agora vamos querer recuperar algumas posições para conseguir o objectivo de ficar nos oito primeiros.”

CALDAS 1

Nuno Pereira, Felipe Hernández, Kiká, Cristian Freitas, José Vinha, Calaça, Bernardo Silva, Tomás Rocha, Paulo Ferreira

Não utilizados: Pedro Araújo, James Coll

Treinador: Frederico Casimiro

ESPINHO 3

José Rojas, Gonçalo, Marco Ferreira, Menezes, Januário, Simão, Phelps, Evandro, Lourenço, Armando, Pernambuco

Não utilizados: Guerreiro, J. Pedrosa

Parciais: 25-23, 20-25, 15-25, 19-25