Torneio de Sueca em Santa Catarina juntou 200 jogadores à volta das cartas

O Torneio de Sueca de Santa Catarina assume-se agora como um dos maiores da região, sendo que para o próximo ano a organização não pretende aumentar o número de participantes, com a justificação que quer continuar a dar boas condições aos jogadores inscritos. David Germano, presidente da ARC Catarinense, disse à Gazeta das Caldas que a dinamização deste torneio surgiu por sugestão de Paulo Coito. “Uma noite íamos no carro e o Paulo disse-me que em muitas terras se organizavam torneios de sueca, menos na nossa. Aquilo ficou-me no ouvido e decidi avançar”, contou, realçando que todo o dinheiro angariado com a iniciativa serve para ajudar o clube de futsal do Catarinense. Na primeira edição, a associação conseguiu gerar 1000 euros de lucro.
Mais do que a vontade de ganhar, é o convívio a principal razão que leva a que tantas pessoas se tivessem inscrito no torneio. Quem o confirma é António Américo, 82 anos, o jogador mais velho em prova. “A melhor parte do torneio é que encontramos amigos de longa data, que já só encontramos à saída da missa. Gera-se um convívio muito engraçado, até com os mais novos”, disse o participante, que tem o hábito de “treinar” quase todos os dias no café. “É o meu médico que me recomenda, para que fique entretido”, acrescentou em tom de brincadeira.
Já João Santos, 26 anos, é de Santa Catarina e inscreveu-se no torneio com um senhor de 70, emigrante no Canadá que durante o Inverno passa umas temporadas na sua terra e já não perde a realização da competição. “Esta é uma ideia muito engraçada porque permite reunir um conjunto de gerações à volta das cartas e os mais novos têm oportunidade de aprender com os mais experientes”, frisou o caldense, que joga às cartas quase todos os sábados e criticou a pouca adesão dos jovens da freguesia à iniciativa.
O presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina, Rui Rocha, também deu o exemplo, participando no torneio. Realçou ainda a importância de existir na localidade um espaço como o Centro Pastoral que, embora esteja ligado à Igreja, acaba por ser polivalente, como é exemplo a realização desta iniciativa, que foi acolhida pelo padre local de braços abertos.
Na organização deste torneio estiveram envolvidas cerca de 30 pessoas, com destaque para o trabalho realizado por João Carlos Coito e Tiago Inácio, que ficaram responsáveis pela esquematização dos jogos e gestão dos resultados. Após uma fase de eliminatórias, as equipas foram distribuídas pela Liga dos Campeões, Liga dos Bacalhaus e Liga dos Galos, consoante se tenham classificado em 1º e 2º lugares, 3º e 4º lugares e 5º e 6º lugares, na primeira ronda.
Empresas de Santa Catarina, como a Ivo Cutelarias e a Casa Queridos, também se juntaram ao evento – com a oferta de 200 saca-rolhas e 50 toalhas plastificadas, respectivamente – assim como a Associação Cultural e Desportiva, que ce deu 30 mesas para os jogos.

Resultados:

Liga dos Campeões
1º lugar – Daniel Germano e Carlos Coutinho (200 euros)
2º lugar – Carlos Ribeiro e Armindo Ramalho (100 euros)
3º lugar – Helder Funcheira e Francisco Pina (50 euros)

Liga dos Bacalhaus
1º lugar – Vitor Martins, Zé Inácio e Rui Francisco (50 euros)

Liga dos Galos
1º lugar – Nuno Correira, Marco Ramalho e Ricardo Brito (50 Euros).