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A Impactwave, uma empresa de novas tecnologias instalada no Parque Tecnológico de Óbidos (PTO), criou uma ferramenta de pesquisa especializada no sector agrícola, denominada Agrozap. Trata-se de uma espécie de google da agricultura, onde os utilizadores podem procurar os produtos mais indicados para combater cada praga, fertilizantes ou sementes.
Neste momento, a empresa comunica periodicamente com cerca de 3500 seguidores distribuídos por diversas redes sociais, registados na aplicação e subscritores da newsletter.
A Agrozap começou por ser uma ferramenta para pesquisa de produtos para a agricultura, comao pesticidas e herbicidas, a que juntaram depois a área dos produtos biológicos, fertilizantes e, mais recentemente, as sementes. De acesso gratuito, a aplicação permite uma pesquisa cruzada e rapidamente saber os produtos que existem para um inimigo das culturas (que pode ser um fungo, um insecto ou um infestante). Na verdade, trata-se de uma espécie de google para a agricultura, que a Impactwave desenvolveu transpondo para este sector tecnologia que inicialmente criou para a área da medicina humana.
“O que havia antes era um compêndio de uma série de páginas”, recorda Ricardo Cardoso, da Impactwave, destacando que a aplicação que criaram é adaptada a telefones, tablets e computadores, estando acessível em qualquer local.
Esta criação surgiu também porque a empresa tinha criado o Ultracarpo, um sistema para testar a maturação da fruta baseado em ultrassons, (com o qual já ganhou dois prémios no Concurso de Empreendedorismo Arrisca C), e queria perceber se o mercado já estava preparado para o receber. A aceitação da aplicação foi bastante boa, tanto por parte de produtores e técnicos, como de fabricantes de produtos fitofarmacêuticos. Actualmente já possuem cerca de 3500 utilizadores, a sua maioria do Oeste e Ribatejo, e com idades tão díspares que vão dos 16 aos 84 anos.
Semanalmente é feita uma newsletter e, recentemente, começaram a lançar uma série de infografias, com temas especializados, desde a armazenagem dos produtos fitofarmacêuticos, a formas de protecção dos agricultores. A equipa está também a avançar para a produção de podcasts e vídeos a explicar alguns “tipos de técnicas e temas de mais difícil compreensão”, diz Ricardo Cardoso, acrescentando que acabam por fazer “um bocado serviço público”.
O retorno é o reconhecimento do sector. “Somos uma empresa de desenvolvimento de soluções baseadas em web e neste momento já estamos a ser reconhecidos como uma entidade com alguma notoriedade no sector agrícola”, explica o responsável.
Com o aumento e diversidade da informação, o próximo passo será decidir se irão dividir o conteúdo em dois sectores distintos: o doméstico, com informações mais básicas e de caracter abrangente, e o profissional, mais especializado.
Também vocacionado para o mercado mais profissional está o desenvolvimento de uma nova funcionalidade, a de reconhecimento de imagem, em que é tirada uma fotografia a uma planta, ou cultura, com uma doença e a aplicação informa qual é o problema e o melhor produto a aplicar. Embora ainda numa fase inicial, a equipa já conseguiu resultados no reconhecimento de algumas pragas, como o míldio da videira.
A Impactwave é composta por oito elementos, desde programadores e agrónomos, a designers e especialistas em marketing, e desenvolve aplicações interactivas e websites para dispositivos móveis e Internet.
