Uma casa de fados nas Caldas

O jovem casal septuagenário decidiu abrir este espaço “porque aqui nas Caldas não há nenhuma casa deste género, que dá espaço a quem gosta de cantar e de ouvir fado”.
Neste estabelecimento podem degustar-se petiscos típicos destas casas, como o chouriço assado, o caldo verde, ou os jaquinzinhos fritos.
Os fadistas “da casa” são da região, mas o gerente artístico, João Plácido, tenta trazer todas as noites artistas convidados. E há espaço para quem queira (en)cantar.
Margarida Santos não deixa de criticar a “muita burocracia que hoje é necessária para abrir um estabelecimento dedicado à restauração”.
Contou que pretendem “fazer uma ligação com os jovens” e também “cativar turistas, através do posto de turismo e dos hotéis”. Desta forma, acrescenta, “não sentem necessidade de ir a Lisboa, porque têm noites de fado típicas aqui, basta marcar com dois dias de antecedência e organizamos tudo”.
Ver a Casa de Fados de Santo Onofre aberta é o concretizar de um sonho antigo de Joaquim dos Santos Mendes. Com uma vida ligada ao comércio de carne, o empresário viveu 30 anos em Moçambique, onde também chegou a organizar noites de fado.
O espaço já pertencia a Joaquim Santos, mas foi transformado de loja de frigoríficos em casa de fados com lotação para 50 pessoas. A abertura deste negócio permitiu criar três novos postos de trabalho.
“Agora falta organizar e contratar pessoal competente”, esclareceu Joaquim Mendes, que não quis revelar o montante investido na abertura da casa de fados, esclarecendo, ainda assim, que recorreu apenas a capitais próprios.
Actualmente organizam fados todas as sextas-feiras, a partir das 20h00. As portas estão abertas de domingo a sexta-feira, entre as 10h00 e as 20h00, servindo como bar. Futuramente, pretendem que aquele seja também um espaço de restauração.