Dono da Bernina veio às Caldas conhecer instalações da marca em Portugal

“Portugal está a fazer um óptimo negócio com a marca”, referiu Hanspeter Ueltschi à Gazeta das Caldas, após ter feito uma apresentação da nova série de máquinas daquela marca de costura de prestígio. A sessão teve lugar no espaço Bernina das Caldas, na Zona Industrial.
Esta foi a segunda vez que Hanspeter Ueltschi veio a Portugal, mas a primeira em trabalho. É o presidente da empresa familiar Bernina que já vai na quarta geração e que este ano está a celebrar o seu 125º aniversário. Na semana seguinte à visita, o director tinha viagem marcada para os EUA e da digressão de 2018 estão previstas idas à Austrália e à Nova Zelândia. “Os revendedores de todo o mundo gostam de trabalhar com os responsáveis da marca”, referiu o suíço que a cada frase motiva e entusiasma os seus revendedores para as questões relacionadas com a marca europeia, sempre atenta às inovações tecnológicas.
Actualmente estas máquinas de costura já se parecem com autênticos computadores, onde é possível costurar e bordar. Tanta inovação tecnológica faz com que estes equipamentos custem, no mínimo, mil euros e por isso a marca sentiu necessidade de criar a Bernette, uma máquina mais simples, com menos sofisticação e cujo valor ronda os 200 euros. “O meu coração é Bernina mas a Bernette é um bom começo para depois dar um passo para chegar à marca principal”, explicou o presidente.
Hanspeter Ueltschi deu a conhecer que dirige a única empresa familiar a trabalhar com máquinas de costura na Europa. O CEO ainda salientou que os revendedores em Portugal “são mais jovens do que aqueles que temos na Suíça e nos EUA”.

O representante Bernina em Portugal é Mário Felizardo que não podia estar mais satisfeito com a visita do dono da marca que representa no país, devido à grande paixão que tem pelo seu negócio e que transmite aos revendedores. “Temos crescido 15% anualmente, nos últimos cinco anos”, disse o empresário caldense, que nesse período temporal já contratou mais cinco pessoas para a sua empresa. No total são agora sete funcionários.
“É um momento muito importante e estamos entusiasmados”, disse o empresário, acrescentando que há um ano transferiram todas as valências da marca para a Zona Industrial por uma questão logística, de proximidade com a A8. Um investimento, cujo valor, contudo, não quis revelar.
Mário Felizardo aceitou colaborar numa iniciativa de um dos revendedores – a Companhia das Agulhas – para realizar um workshop com o Ikea. “Nós aceitámos colaborar e como correu tão bem, hoje o evento realiza-se em vários países”, contou Mário Felizardo, explicando que a Bernina acabou por se apropriar da iniciativa portuguesa, promovendo workshops de revendedores da Índia e da Suíça com as lojas da cadeia sueca presentes nesses países.
Hanspeter Ueltschi passou o dia anterior (quarta-feira) nas Caldas e salientou como gostou da Praça da Fruta e de ver os corredores a percorrer a cidade à noite, dado que também é um atleta. Na tarde do dia 12 de Abril enquanto os revendedores lusos da Bernina experimentavam as novas máquinas, o presidente da marca já tinha novo encontro marcado com os representantes da marca suíça em Espanha.