Abriu recentemente a Awaked Coffee, uma loja virtual de venda de café com variedades de 20 países. O conceito é simples, mas inovador: importar o café verde (em grão) e torrá-lo nas Caldas para depois o entregar à porta do consumidor.
A marca surge de uma parceria entre dois empresários caldenses: Rui da Bernarda, da Mercearia Pena (responsável pela gestão do lado físico do negócio) e Ruben Bettencourt, da PixelsBrand (responsável pela parte tecnológica e de imagem da Awaked).
Os empreendedores uniram conhecimento e experiência nas respectivas áreas e criaram uma nova marca nas Caldas, que conta com os 108 anos de experiência da mercearia na torragem de café e com o domínio tecnológico, de design e marketing da empresa sedeada no Parque Tecnológico de Óbidos.
Desde o momento em que a ideia nasceu até à sua concretização passou um ano. Não foi um processo fácil, até porque o café é comprado em bolsa (como o ouro, por exemplo) e porque os empresários quiseram criar um catálogo com uma grande diversidade de origens.
Além das duas categorias base (a robusta, que proporciona cafés mais fortes, com mais cafeína e creme, e a arábica, com exemplares mais aromáticos e ácidos), a Awaked tem os lotes, que unem as duas categorias anteriores e os cafés especiais (raros, como Jamaican Blue Mountain ou Kopi Luwak da Indonésia).
A marca arranca com 27 referências de 20 países. São Tomé e Príncipe, Quénia, México, Timor ou Nicaragua são alguns exemplos.
Em breve esperam vender também café de Cabo Verde. E não será um café qualquer. Virá da Ilha do Fogo como resultado da primeira produção depois da erupção do vulcão naquela ilha, em 2014, que arrasou todas as plantações.
Mas há mais: a Awaked também vai comercializar café dos Açores (o único local na Europa onde se produz café), que provém de um pequeno produtor e que actualmente não está no mercado.
Consoante a origem, os preços do quilo de café variam entre os 10 euros e os… 400 euros. Estão disponíveis em grão e moído (para máquina ou saco). Brevemente estarão também em cápsulas.
A abertura da loja ainda não criou nenhum posto de trabalho, mas é algo que está a ser equacionado. Os empresários não divulgaram o montante investido nem a forma de financiamento.
O projecto de oito mil euros para criação da montra e do site foi apoiado em 45% pelo IAPMEI, no âmbito do Comércio Investe (numa candidatura da ACCCRO).
Apesar de a loja ser virtual, a marca tem uma montra, junto à Mercearia Pena, que funcionará também como ponto de entrega de encomendas. Ali podem ver-se os sacos de café expostos, uma barrica de Jamaican Blue Mountain e cafeteiras antigas.
Ruben Bettencourt, responsável pela imagem, explicou que o nome – Awaked – se traduz em português para “acordado”. “Esse é o efeito da cafeína, o despertar”. O logótipo é um mocho (cujo corpo é um grão de café) de olhos bem abertos.
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