Fernando Rosas ouviu as preocupações das pessoas nas Caldas

Habitação e medidas para o mundo rural entre as principais preocupações

O candidato do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Leiria, Fernando Rosas, esteve nas Caldas na manhã de sábado, numa ação de campanha que passou pelo contacto com as pessoas na Rua das Montras e na Praça da Fruta.

A habitação, num distrito onde há muitas casas devolutas e onde as rendas subiram exponencialmente nos últimos anos, foi a principal preocupação que Fernando Rosas escutou do contacto com a população caldense. Mas também as preocupações com as medidas que restringem os pequenos agricultores estiveram em foco, em particular na visita ao mercado diário caldense. O transporte público, que “é um direito democrático” e que no distrito “é muito insuficiente” é outro foco da campanha. Mas além da habitação, da saúde e da mobilidade, que são os principais focos de preocupação da população, conta que há outro tema que tem inquietado os jovens caldenses ligados ao Bloco, nomeadamente, a questão da paz e da guerra. Os bloquistas pretendem suscitar o debate em torno da temática, da corrida ou não ao armamento e o serviço militar obrigatório, tendo prevista a realização de um evento dedicado ao tema nas Caldas. “Para os jovens há uma inquietação em relação ao futuro”, afirmou o historiador, notando ainda que não vai ser possível fazer esta campanha de uma forma alheia à situação internacional. Fernando Rosas questiona se devemos “preparar a guerra ou satisfazer as condições de vida das pessoas” e se “o que já existe é suficiente”. O candidato aponta que, “sobretudo para nós que estamos aqui neste canto da Europa, a nossa preocupação central deve ser manter o estado social, manter a inclusão e o investimento público na habitação, saúde, etc.”.

Durante a tarde a comitiva seguiu para a Nazaré. A campanha começou em Peniche, com uma homenagem aos presos políticos. “Caldas é um sítio muito importante, vamos voltar cá, porque há toda uma tradição de cidadania, de intervenção, que é preciso tornar presente. Temos 50 fascistas no Parlamento”.