Volte atrás
Anuncie
Assine
Login
O PSD diz que vai pressionar o governo para que se coloquem mais médicos e enfermeiros no Oeste, disse o deputado à Assembleia da República, José António Silva, após uma reunião com o Conselho de Administração do CHO, a 12 de Março. O encontro integrou-se numa visita que juntou deputados, elementos da distrital e autarcas caldenses, no âmbito do roteiro da distrital de Leiria do PSD.
O problema da falta de profissionais de saúde no CHO preocupa os deputados do PSD, que irão “pressionar” o ministério da Saúde no sentido de contemplar esta zona com mais médicos e enfermeiros. A garantia foi dada aos jornalistas pelo deputado e médico, José António Silva, à saída da reunião com o conselho de administração do CHO.
De acordo com o deputado, este centro hospitalar tem uma carência de cerca de 90 enfermeiros e de 80 médicos. Embora tenha sido aberto recentemente concurso e haja 25 vagas para preencher na área da Medicina, ainda ficam a faltar mais de 50 médicos, adianta.
Na reunião, que contou com a presença dos cinco elementos do Conselho de Administração, foi também abordada a passagem do CHO a EPE (Entidade Pública Empresarial), há muito prometida, mas sem que haja qualquer data para essa alteração.
“O ministro da Saúde disse-nos que esse problema seria resolvido até finais de Fevereiro, portanto vamos pressioná-lo novamente e saber quando é que o Ministério da Saúde tem autonomia do das Finanças”, disse José António Silva, acrescentando que aguarda que o documento seja assinado a qualquer momento.
A tutela tem sido pródiga em avançar com datas para a passagem a EPE, mas sem nunca as cumprir. Inicialmente esta alteração de estatuto esteve prevista para ocorrer em Janeiro de 2017 e depois em Maio desse ano. Em meados de Julho, o próprio ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, veio às Caldas e disse que já não se comprometia com prazos, mas que essa alteração do estatuto jurídico estaria para breve.
No caso da realização dos tratamentos de quimioterapia nas Caldas (que foram suspensos na sequência de uma inspeção do Infarmed), os deputados foram informados que estes poderão voltar “a curto prazo, se forem ocupadas as duas vagas previstas nessa área”, concretizou José António Silva.
De acordo com a administração do CHO, é necessária uma maior articulação entre o CHO e os cuidados de saúde primários e a existência de uma rede de cuidados continuados. Estará para breve um protocolo a estabelecer com os ACES para que essa articulação possa “ser mais bem feita e não ser “entupido” o hospital com cuidados que podem ser garantidos nos cuidados de saúde primários”, disse o presidente da distrital, Rui Rocha.
“O Estado não valoriza o seu próprio património”
A visita incluiu o Museu da Cerâmica, onde a comitiva constatou a degradação daquele edifício que é tutelado pela Direcção Regional da Cultura do Centro.
Aos problemas físicos acrescem a falta de recursos humanos afectos áquele espaço museológico.
Os deputados irão agora questionar o governo se este museu poderá, no âmbito da reprogramação dos fundos comunitários, fazer uma candidatura, até porque existe a disponibilidade por parte da autarquia caldense de assegurar a contrapartida nacional desse apoio. Foi ainda dado a conhecer o projecto da autarquia para ampliação daquele espaço museológico e transformá-lo num museu nacional aproveitando as instalações da antiga Fábrica Bordalo Pinheiro que foram adquiridas pela autarquia.
“Nestes roteiros temos dado sempre um enfoque importante ao património e à cultura. Em 2018 assinala-se o Ano Internacional do Património Cultural e o Estado não valoriza o seu próprio património”, afirmou Pedro Pimpão, outro dos deputados presentes na visita.
Esta foi a primeira iniciativa de roteiro no novo mandato da distrital de Leiria. O próximo será em Maio e deverá incidir nos territórios a norte do distrito fustigados pelos incêndios, com o objectivo de fazer um ponto da situação.
