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A incapacidade de, no futuro tratar todos os doentes, mostra que é preciso apostar na prevenção.
A cada 10 segundos são diagnosticados três novos casos de diabetes. A nível mundial estima-se que 460 milhões de pessoas vivam com esta doença e que em 2045 sejam 700 milhões. Números avassaladores que levou os profissionais de saúde a aproveitarem o Dia Mundial da Diabetes para sensibilizarem a população para a importância na sua prevenção, mas também da obesidade, dos espetros da mesma doença. E porque esta se começa a manifestar cada vez mais cedo, de manhã a sensibilização foi feita aos alunos do quarto ano do Agrupamento de Escolas D. João II.
Esta doença complexa e multifactorial foi também explicada à população sénior, num encontro que juntou médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas e mais de 70 pessoas na Casa dos Barcos, na tarde de 14 de novembro. A seguir, e porque a atividade física (a par de uma alimentação saudável e medicação) é fundamental, participaram numa aula de ginástica.
Para além da componente genética, são muitos os aspetos que contibuem para o agravamento da diabetes, como é o caso do sedentarismo, alcoolismo e a baixa literacia em saúde. E, apesar de cada vez existirem mais fármacos para o tratamento da doença, Joana Louro, diabetologista e médica de Medicina Interna no CHO. mostra a sua preocupação por, pela primeira vez, não ter medicamentos para tratar os doentes, pois encontram-se esgotados. “Há medicamentos mas não chegam às pessoas”, alerta Joana Louro, lembrando o caso recente de um fármaco com grande impacto na perda de peso, que levou a uma procura muito elevada e impossibilitando que as pessoas com diabetes consigam aceder-lhe.
De acordo com a médica a prevenção é o caminho a seguir, pelo que é necessário “mudar leis e formas de atuar”, disse, defendendo um trabalho conjunto de toda a sociedade, desde as entidades governamentais e autárquicas, às escolas e cidadãos.
Para além das Caldas, decorreram atividades em toda a região, promovidas pelo ACeS Oeste Norte em parceria com o CHO e o apoio das autarquias locais.
