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António Trindade liderou a autarquia entre 2001 e 2005, à frente de um movimento independente, sendo agora reconhecido pelo executivo do PS
A Junta da Nazaré homenageou, na passada terça-feira, o homem que liderou os destinos da autarquia entre 2001 e 2005, através de uma inscrição no monumento à mãe nazarena, em frente à antiga Lota, uma das principais iniciativas que António Trindade enquanto presidente de Junta.
O antigo funcionário do Instituto da Segurança Social abandonou a vida política no final do último mandato autárquico, depois de ter sido eleito nas listas do PSD. Antes, fora vereador por duas vezes na liderança de um movimento de independentes e uma vez pelo PS. E não escondeu a emoção, por ter sido “homenageado em vida e não depois”.
“Tinha a noção que este dia chegaria, mas tem muito mais relevo por ser em vida”, declarou António Trindade na cerimónia promovida pela Junta e que contou com a presença de várias personalidades que “acompanharam” o líder do Grupo de Cidadãos Independentes do Concelho da Nazaré, que nas autárquicas de 2005 foi a segunda força política mais votada para a Câmara, apenas superada pelo PSD de Jorge Barroso.
Apesar dos 16 anos como vereador, foi como presidente da Junta da Nazaré que António Trindade mais marcas deixou na cena política. Para além do monumento à mãe nazarena, pago na íntegra com as senhas de presença dos eleitos do movimento de independentes, desencadeou o processo para a aquisição do terreno e concretização do projeto para a construção da sede da Junta.
Antes, tinha-se destacado no longo processo que permitiu a dezenas de pescadores receberem pensões que lhes eram negadas pelo Estado. Motivos “mais que suficientes” para a homenagem efetuada, sustentou João Formiga (PS), que cumpre o terceiro mandato na Junta e olha para António Trindade “como um exemplo como homem e como político”.
“Este homem é uma fonte de inspiração, um exemplo de resiliência. Ambos temos origens humildades e gostamos de trabalhar para a comunidade. Por essas razões, estaremos sempre unidos na defesa dos nazarenos e da Nazaré”, frisou o socialista, que não teve pejo em reconhecer os méritos de um político que, não poucas vezes, esteve do outro lado da barricada da luta autárquica.
