Câmara das Caldas quer mudar mercado abastecedor para a zona dos Texugos

Enquanto a deslocalização não sucede, autarquia pretende criar condições, para vendedores e utilizadores, do mercado abastecedor e da feira semanal

O mercado abastecedor e feira semanal, situados na zona do Belver, junto ao Imaginário, na saída das Caldas para Rio Maior, deverão passar para a zona dos Texugos, junto ao Continente, na parte Oeste da cidade, de modo a deixarem a zona habitacional.
A autarquia pretende requalificar a zona, que irá acolher os certames, que é património do município, e criar melhores condições para vendedores e clientes destes mercados. Também o atual recinto onde decorrem os dois mercados é propriedade municipal e, estando classificado como urbano, permite ter uma utilização diferente, nomeadamente construção.
De acordo com o presidente da Câmara, Vítor Marques, no passado já houve várias entidades interessadas naquele terreno e acredita que, com a dimensão que tem, “possa haver potenciais investidores que ali vejam um local bastante interessante para investimento”.
Enquanto não se concretiza a deslocalização, a Câmara vai criar condições para que o mercado abastecedor possa funcionar melhor. Já houve uma reunião com os vendedores e será criada uma divisória para controlar a entrada dos clientes, substituir alguns equipamentos sanitários e dispor, de forma diferente, o próprio mercado. Também a feira semanal, que decorre à segunda-feira, será alvo de alterações. Os feirantes serão agrupados numa das pontas da feira, tendo em conta que são menos do que no passado e já não há necessidade de ocuparem todo o recinto. No local que fica livre será criado um estacionamento (dentro do recinto), permitindo que quem se desloca à feira possa deixar os veículos em segurança, sem ter de os parar na berma da estrada, como acontece em muitos casos atualmente. Serão ainda criadas melhorias no piso, mas, de acordo com o autarca, “não serão grandes intervenções porque a ideia será, num futuro próximo, vir a usufruir de um espaço diferente”, disse à Gazeta das Caldas.
Do mesmo recinto sairá a Feira do 15 de Agosto. A feira anual das Caldas, que antes já se realizou no Borlão, na rua Fonte do Pinheiro, depois na Mata Rainha D. Leonor e na zona da biblioteca municipal, está ligada à própria história da cidade e do concelho. Já existe há mais de cinco séculos, sendo anterior à própria fundação da vila das Caldas, como refere Frei Jorge de São Paulo nas suas crónicas, que identifica o ano de 1504 como o ano da realização da 1ª Feira do 15 de agosto.
Aquela que já foi uma referência na região tem vindo, ano após ano, a perder o seu cariz popular e de mostra regional e está a transformar-se, essencialmente, num local de venda de roupa, e garantida pelos vendedores que fazem o mercado semanal. ■

Lançado concurso público para montagem das estruturas da Praça da Fruta

A Câmara das Caldas já lançou concurso para a prestação de serviços de montagem e desmontagem das estruturas da Praça da Fruta, pelo valor base de 92 mil euros e um prazo de 298 dias. Segundo a autarquia, a montagem das estruturas, que antes começava às 4h00 da madrugada, passará a ter início às 5h00, e há o compromisso, por parte dos comerciantes, de também participarem, com a colocação das bancas. Em fase de adjudicação está a aquisição de novos toldos.
Em breve será também lançada, em hasta pública, a exploração do Quiosque da Praça. “Queremos criar uma dinâmica diferente de utilização do espaço e alargar o horário de utilização do quiosque para dar uma maior dinamização à praça”, resume Vítor Marques.
No que respeita à limpeza, e depois de ter recebido um alerta de um cidadão da presença de urina a céu aberto e cheiro nauseabundo junto ao mercado, os serviços camarários procederam à lavagem do local. “Infelizmente, são usos abusivos por parte das pessoas e pedimos sempre que a informação nos possa chegar para podermos corrigir”, referiu o autarca, que pretende também que haja uma limpeza mais efetiva do lixo, nomeadamente da limpeza do cartão, que fica espalhado junto aos contentores.
O executivo municipal já pediu também à ESAD para lançar um conjunto de ideias para o futuro da praça, que quer colocar depois a discussão. ■