Volte atrás
Anuncie
Assine
Login
Alunos das Caldas vão aprender a fazer cerâmica. A vereadora da Cultura quer também mostrar coleções que o município possui
“Se toda uma geração mexer no barro, terá um conhecimento muito mais aprofundado sobre o que é a cerâmica”. Palavras da vereadora Conceição Henriques que se comprometeu a implementar, durante este mandato, um plano que permitirá aos alunos das escolas caldenses do 1º ciclo contactar e fazer uma peça de cerâmica.
“É começar do início, a formar públicos desde cedo”, afirmou a autarca que pretende envolver vários interlocutores neste projeto desde as escolas, aos autores locais e até a indústria.
“Podemos começar já a trilhar esse caminho e talvez se consiga no ano letivo de 2023-24. Poderemos fazer uma experiência-piloto já este ano. Prefiro começar e depois engrandecer do que nunca fazer”, referiu a vereadora.
Em relação à cerâmica local quer abrir as coleções que a autarquia tem adquirido nos últimos anos e que estão longe do olhar da população. “Quero que as coleções Maldonado Freitas, da Secla e da Molde adquiridas pela Câmara possam ser apresentadas à população; tenho esse objetivo”.
A autarca referiu ainda que prefere apostar “na realização de múltiplos iniciativas a acontecer na cidade ao longo dos próximos anos do que apenas num grande evento”.
As novidades foram anunciadas pela autarca numa conversa que teve lugar a 18 de junho, na Mostra Mercado da Cerâmica e que contou também com o investigador caldense João Serra, com a coordenadora do curso Design de Produto – Cerâmica e Vidro da ESAD, Carla Lobo e do vice-presidente da Câmara das Caldas, Joaquim Beato, anteriormente ligado à Molde.
Os convidados deram a conhecer os seus pontos de vista sobre a tradição e a modernidade da cerâmica das Caldas, área ininterrupta desde o século XVI. Abordou-se o período difícil que o setor passou, motivado pela crise internacional e como foi feita a recuperação desta área, hoje florescente e a dar emprego na região.
A conversa captou a atenção de dezenas de pessoas, ligadas à história, à investigação e ao saber-fazer. Neste momento funcionam mais de sete dezenas de oficinas de cerâmica na cidade das Caldas da Rainha. ■
