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As análises laboratoriais realizadas às amostras de marisco consumido no festival de marisco da Foz do Arelho indicaram “índices de carga microbiana que estavam muito perto dos valores-limite aceitáveis”, disse à Gazeta das Caldas o delegado de saúde, Jorge Nunes.
Isto significa que se registou alguma contaminação, mas a níveis reduzidos e daí que nenhum dos casos que deu entrada no Hospital das Caldas tenha sido considerado grave.
As análises realizadas em dois dos pacientes não foram conclusivas, assim como não ficou determinada a origem da contaminação, não se sabendo assim se esta resultou de errada manipulação dos produtos alimentares ou da compra de marisco estragado.
Segundo Jorge Nunes, é provável que o marisco causador da intoxicação tenha sido o camarão, uma vez que era o único alimento comum a todos os queixosos.
O delegado de saúde adiantou que a informação relativa ao estudo já foi enviada à organização do festival (Centro Social e Recreativo da Foz do Arelho) e que a Unidade de Saúde Pública se mostrou disponível para, em futuras edições, “prestar todo o tipo de esclarecimentos e conselhos sobre o correcto tratamento do marisco”.
A investigação epidemiológica aos produtos do festival de marisco foi realizada pela Unidade de Saúde Pública Zé Povinho após a detecção de 15 casos de intoxicação alimentar (gastroenterite aguda) confirmados pelo Hospital das Caldas. Tendo sido inconclusiva, esta foi arquivada.
Gazeta das Caldas contactou a organização que não quis desta vez prestar declarações, adiantando apenas que vai divulgar um comunicado.
