“O Dubai é um país muçulmano e por isso tem as suas próprias regras e leis”

Ana Lúcia Ribeiro
Caldas da Rainha
24 anos
Dubai, Emirados Árabes Unidos
Comissária de bordo
Percurso Escolar:
Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro,
Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril

O que mais gosta do país onde vive?
Gosto do clima, da qualidade de vida que o país oferece e das infra-estruturas.

O que menos aprecia?
A poluição derivada ao excessivo uso do carro e por existirem menos transportes públicos, o que se deve ao facto de os combustíveis serem de baixo custo.

De que é que tem mais saudades de Portugal?
Da família, amigos e da comida, claro.
A sua vida vai continuar por aí ou espera regressar?
Espero regressar, mas não para já. Talvez no espaço de dois ou três anos.

“Grande parte do nosso tempo é passado na praia ou na piscina”

Trabalho no Dubai como comissária de bordo desde 2012 e desde aí já viajei pelos cinco continentes.
Quando não estou a viajar, resido no Dubai, onde passo grande parte do meu tempo. Gosto de aproveitar esse tempo com os meus amigos que são na maioria também portugueses que trabalham na mesma companhia aérea que eu. Grande parte do nosso tempo é passado na praia ou na piscina, já que o clima aqui o permite pois é verão durante todo o ano.
Em termos de preços, considero que sejam idênticos aos praticados em Portugal salvo algumas excepções. Por exemplo, os legumes e frutas são mais caros no Dubai, mas os carros e combustíveis são mais baratos. O custo de vida é, sem dúvida, superior em Portugal, sendo que no Dubai os salários são mais elevados e livres de impostos.
Relativamente à cultura e costumes, existe uma enorme diferença em relação ao nosso país. O Dubai é um país muçulmano e por isso têm as suas próprias regras e leis, de acordo com esta religião. Apesar disso, é também um país muito turístico e com uma grande percentagem da população proveniente dos quatro cantos do mundo, o que o torna cada vez mais liberal. Pessoalmente, não sinto que esta diferença cultural me afecte no dia-a-dia nem a nível de trabalho.

Ana Lúcia Ribeiro