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Desde final de Julho que se encontra embargada a obra junto à Pousada do Castelo de Óbidos, propriedade do Grupo Pestana, por “não se encontrar em em conformidade com o projecto”, explica a vereadora da Câmara de Óbidos, Rita Zina.
A intervenção prevista terá duas componentes, a conversão de uma construção existente no logradouro em recepção da pousada e o aproveitamento de uma casa existente para a sua função hoteleira.
A casa terá sete quartos, espaços logísticos e uma recepção. Na cobertura encontra-se um espelho de água, que poderá servir de pequena piscina de apoio a toda a pousada.
De acordo com a memória descritiva do projecto entregue na Câmara, a que a Gazeta das Caldas teve acesso, as alterações não serão sentidas no exterior, à excepção de uma porta em que o postigo existente foi aumentado para conferir um pouco mais de luz ao quarto, assim como uma janela. É ainda garantido que ambas as alterações “seguirão escrupulosamente a linguagem característica do edifício, de uma forma coerente com o conceito da sua traça inicial”.
Desde o embargo que já foram apresentadas diversas soluções mas “ainda não houve uma decisão de aprovar a obra”, explicou a autarca, que acredita que em breve chegarão a uma solução em conformidade com o que foi licenciado. O projecto terá que reunir o acordo da autarquia, Direcção Regional de Cultura e IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico).
Rita Zina explicou ainda que a demora em tomar decisões tem a ver com a sensibilidade do local, garantindo que ali “não vai surgir um elemento dissonante que coloque em causa o património” de Óbidos.
Questionado pela Gazeta das Caldas, o Grupo Pestana explicou está a ser feita uma ampliação na Pousada do Castelo e que “já no decurso das obras ocorreu a necessidade de introduzir alterações ao projecto e a determinação da paragem das obras por esse motivo”.
De acordo com o gabinete de comunicação do grupo que gere as Pousadas de Portugal, as obras “foram entretanto retomadas quanto a uma parte da intervenção e aguarda-se a retoma das demais a curto prazo”, estimando que fiquem concluídas em Março ou Abril de 2012.
