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O matadouro de perus da empresa Nutriaves, na zona industrial das Gaeiras, foi destruído pelo fogo na passada segunda-feira, 5 de Março.
O incêndio terá começado pouco depois das duas da tarde e o alerta aos bombeiros foi dado às 14h24, depois de o proprietário de uma fábrica ao lado ter dado p elo fumo. O fogo terá começado por causa de um curto-circuito no quadro eléctrico, mas não foi possível falar com o proprietário do matadouro para saber mais pormenores.
“Quando nós chegámos o edifício estava parcialmente tomado pelo fogo e, entretanto, foi tomado na totalidade”, contou o comandante dos bombeiros de Óbidos, Sérgio Gomes. Segundo o responsável, no interior do matadouro não deveria haver animais vivos que possam ter morrido no incêndio porque as instalações serviam apenas para abate.
Também não houve nenhum registo de feridos, porque os cerca de 60 funcionários saíram das instalações rapidamente. “Correu tudo na normalidade no que diz respeito a esse aspecto”, explicou Sérgio Gomes.
Sem possibilidade de extinguir o fogo no interior do matadouro, os bombeiros tentaram que este não se alastrasse. A principal preocupação era um depósito de amoníaco e as fábricas vizinhas, algumas das quais com materiais muito inflamáveis (plástico e pneus).
Foi criado um perímetro de segurança em volta do matadouro, evacuando todas as pessoas e veículos próximos do local a arder. Durante algum tempo chegou-se a temer que a ocorrência tomasse proporções maiores, mas os bombeiros conseguiram controlar a situação.
O presidente da Junta das Gaeiras, Eduardo João, lamentou o que aconteceu e sublinhou que esta era uma unidade com muita importância para a freguesia e para o concelho, mas também para o país. “O proprietário do matadouro tem vários aviários cheios de perus que seriam aqui abatidos e não sei que alternativa é que poderá existir”, referiu o autarca.
Também presente no local, Pedro Félix, vereador da Câmara de Óbidos, comentou à Gazeta das Caldas que o fogo tomou o edifício “muito rapidamente e sem hipóteses para os bombeiros conseguirem apagá-lo”.
O incêndio foi combatido por cerca de 80 bombeiros, auxiliados por 28 veículos, de mais de 10 corporações do sul do distrito de Leiria.
Uma das maiores dificuldades no combate ao fogo terá sido as grandes quantidades de água necessárias. As bocas de incêndio da zona industrial das Gaeiras não tiveram pressão suficiente para abastecer as diversas viaturas e os camiões cisterna das várias corporações estiveram toda a tarde a transportar água para o local.
A estrada de acesso à zona industrial das Gaeiras esteve toda a tarde cortada ao trânsito.
Vários assaltos na região
Cinco máquinas de sangria foram furtadas num armazém nas Caldas da Rainha a 27 de Fevereiro. No mesmo dia houve duas queixas da PT por furto de cabo em A-dos-Francos e Olho Marinho. Na Atouguia da Baleia assaltaram uma casa.
Um homem de 44 anos foi detido pela PSP em Peniche, a 28 de Fevereiro, por passagem de notas falsas em vários estabelecimentos comerciais daquela cidade.
Ao indivíduo foram apreendidas 13 notas falsas de 20 euros e ainda 135,5 euros em dinheiro, que se suspeita serem provenientes do troco dado pelos comerciantes na compra de diversos artigos de baixo valor.
Nesse dia foram assaltadas duas casas (no Chão da Parada e Casal Jorge Dias, em Peniche), um armazém em Tornada, um estabelecimento comercial em Alcobaça e um veículo na Consolação.
Dois jovens, de 16 e 19 anos, foram identificados pela PSP das Caldas, ao princípio da tarde de 29 de Fevereiro, por suspeita de roubo a um menor.
No decorrer das diligências efectuadas pela polícia foram apreendidos um telemóvel e um par de auscultadores que tinham sido roubados e estavam na posse dos suspeitos.
Foram ainda identificados mais quatro indivíduos que pertenceriam ao mesmo grupo dos alegados ladrões. O caso segue agora para o Ministério Público, mas a PSP irá continuar as suas investigações.
No mesmo dia foram assaltadas duas casas, no Olho Marinho e Alto do Nobre, e um armazém em Alvorninha.
A 1 de Março foram assaltadas mais quatro residências (Alvorninha, Bom Sucesso, Nadadouro e São Martinho do Porto) e dois armazéns (São Gregório e Vale da Várzea). Em São Gregório e Gaeiras assaltaram ainda duas viaturas.
No dia 2 de Março assaltaram uma viatura na Benedita e uma casa em Alvorninha. A associação do Casal Frade foi assaltada a 3 de Março. Foram ainda assaltadas duas casas, nas Cruzes e no Guisado, e um automóvel no Baleal.
A 4 de Março a PSP da Nazaré recuperou um carro, avaliado em 600 euros, que tinha sido furtado no dia anterior. Na Benedita roubaram um automóvel.
A 5 de Março a polícia das Caldas recuperou outro veículo, no valor de dois mil euros, que tinha também sido furtado no dia anterior.
Idosa morreu em acidente na estrada Atlântica
Uma mulher de 76 anos faleceu no passado domingo à tarde, 4 de Março, na sequência do despiste de uma viatura na estrada Atlântica, perto de Salir do Porto. Do acidente resultaram ainda ferimentos graves numa amiga da vítima mortal, que seguia no mesmo carro.
A viatura terá caído numa ravina com cerca de cinco metros de altura e as duas mulheres ficaram encarceradas. No local estiveram os bombeiros de São Martinho e também a corporação das Caldas da Rainha, a qual levou a sua viatura de desencarceramento.
De 27 de Fevereiro a 4 de Março a GNR das Caldas registou ainda na área do seu destacamento territorial 20 acidentes com 11 feridos ligeiros.
Um homem de 63 anos foi detido a 29 de Fevereiro por condução ilegal de um veículo. O condutor deveria ter revalidado a carta de condução aos 60 anos de idade ou nos dois anos seguintes, conforme a lei actual impõe para que esta não perca validade. Em Peniche foi detido outro indivíduo que conduzia uma moto-quatro sem ter carta.
No dia 1 de Março um homem foi detido pela GNR de Óbidos por conduzir com uma taxa de alcoolémia de 1,31 gr/l. No Bairro dos Arcos a Guarda deteve outro indivíduo que conduzia sem carta. No dia 2 foi detido, na Amoreira, um condutor com 2,13 gr/l. A 4 de Março a GNR deteve em Tornada um jovem de 22 anos com 1,84 gr/l.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt
Rectificação
Por lapso, na edição da semana passada foi referido que o nome da idosa que faleceu num incêndio no bairro dos Arneiros era Maria Marques, quando o seu verdadeiro nome é Amélia Carolina Marques.
Aos nossos leitores, e em particular aos familiares da vítima, as nossas desculpas pelo erro.
P.A.
