Quais são os desenhos animados da sua infância?

 

Gazeta das CaldasTeresa Bernardo,
51 anos, Caldas da Rainha

Recordo-me muito bem do Marco, da Heidi, da Pipi das Meias Altas e da Pantera Cor de Rosa.
Quando cheguei a Portugal, dado que sou natural de São Tomé e Príncipe, lembro-me que em São Martinho do Porto íamos ao Café Oceano para poder ver televisão.
Quando os meus pais compraram televisão víamos os desenhos animados, sentadas no chão, no nosso quarto. Eu, as minhas três irmãs e a minha mãe.
Eu adorava mesmo ver a Heidi e as suas histórias na montanha, acompanhada pelo avô! De vez em quando, para matar saudades revejo alguns desenhos animados no computador.
Actualmente estou a fazer a coleccção dos clássicos da Disney para ver com os meus netos.

Gazeta das CaldasLurdes Santos, 57 anos, Caldas da Rainha

Via o Franjinhas e o Carrossel Mágico (série que estreou em Portugal em 1966) e a Pantera Cor-de-rosa. Também me lembro da Heidi e do Marco. Tudo a preto e branco, claro. Recordo-me que víamos os desenhos animados ao final da tarde, depois da escola.
Também me lembro bem dos desenhos animados que víamos antes de ir para a cama. “São horas meninos” dava após o jantar e víamos antes de dormir. Tinha uma canção sobre o sono que já espreita e que deveríamos ir dormir muito asseados e com os dentes lavados.
Eu adorava os desenhos animados daquele tempo! Não era nada desses de hoje, que são estranhos, tipo Dragon Ball.
Gazeta das CaldasJosé Pedro Lopes, 55 anos, Caldas da Rainha

As décadas de 70 e 80 marcam uma época pré-internet, pré-telemóvel e pré-tecnologia. As crianças do meu tempo não brincavam em tablets, e a principal diversão era a televisão. Foi a Era de ouro dos programas infantis, todos recheados por centenas de desenhos animados. Recordo, entre outros, grandes clássicos como a Heidi, Pernalonga, Scooby-Doo, Os Flintstones, Zé Colmeia, Tartaruga Tuchê, Abelha Maia, Calimero e Speedy Gonzalez. A singularidade do próprio desenho aliada à criatividade e humor da história encorpados nos heróis animados arrastavam até ao espectador uma mensagem de entretenimento “puro”, de magia dócil, tornando mais alegres os dias da infância de cada um de nós.

Gazeta das CaldasPedro Marques, 48 anos,
Caldas da Rainha

Os primeiros que me lembro são o Bugs Bunny, o Vickie e o Tom Sawyer, que é aquela coisa… Era muito giro!
Também havia uns brutais, que era a Pantera Cor de Rosa. O que me custou mais, que era um crime, era os do Marco, que foi num barco com um macaco para a Argentina procurar a mãe.
Isto era do tempo em que estávamos à espera que a televisão abrisse para ver o programa do Vasco Granja, que começava com uns desenhos animados de Leste, muito alternativos e só depois tinha os filmes da Warner, que eram de rir.
Também me lembro de uma série que me marcou que se chamava “Era uma vez o Homem” e que ainda hoje está actual e não para fugir da “Abelha Maia”. Anos mais tarde os desenhos animados começaram a mudar e apareceram já dobrados em brasileiro, como o Pepe Legal.

Gazeta das CaldasJoão Cera, 43 anos, Caldas da Rainha

O Tom Sawyer sem dúvida. Naquela altura, nos anos 80, só haviam dois canais de televisão e o Tom Sawyer acabou por marcar a nossa infância. Era uma inspiração para nós que éramos miúdos na altura e dava lições de vida na amizade, lealdade e solidariedade, que são valores que hoje estão muito esquecidos. No entanto, este clássico de Mark Twain é e será sempre uma referência histórica tal como “As Aventuras de Huckleberry Finn”. Já não me lembro se era diário, mas sei que foram 49 episódios porque mais tarde surgiu a colecção em DVD e hoje estão acessíveis nos canais do MEO.

 

Gazeta das CaldasCátia Vasco, 39 anos, Vale de Maceira

Os que marcaram mais a minha infância foram a Heidi, o Tom Sawyer, o Dartacão e os Ursinhos Carinhosos, eram desenhos animados bem giros.
Normalmente via ao fim-de-semana de manhã, ou na RTP2 antes de ir para a escola, porque mais tarde o que dava eram as notícias e outras coisas.
Lembro-me que me levantava cedo ao sábado para ver os bonecos, mas já era a rotina, porque também era assim durante a semana.
Eram tempos muito giros e diferentes do que são hoje, até os jogos de rua, como o peão, ou a macaca eram muito diferentes do que aquilo que os jovens fazem hoje.
Gazeta das CaldasJosé Carlos Faria, 62 anos, Caldas da Rainha

Era devotado admirador, e fanático, pelos desenhos animados da Warner Brothers. Bugs Bunny, Daffy Duck e toda aquela genial série de personagens que depois vim a saber, mais tarde, que eram animadas por uma só pessoa, Mel Blanc, que tinha uma capacidade interpretativa fabulosa.
Os desenhos animados eram absolutamente extraordinários. Depois havia o Tom & Jerry, um gato e rato que também eram fantásticos.
Todos estes desenhos animados eram a preto e branco, nos primórdios da televisão. Costumava vê-los apenas ao fim-de-semana em casa dos meus pais, porque durante a semana estava na escola em casa da minha avó, em Óbidos, e ela não tinha televisão.

Gazeta das CaldasAna Pereira, 51 anos, Caldas da Rainha

Não me lembro durante quantos anos os vi, nem a idade exacta que tinha quando comecei a vê-los. Talvez tivesse nove, 10 ou 11 anos. Mas lembro-me das músicas, das personagens, das histórias, das cadernetas de cromos, de esperar ansiosamente pelo episódio da semana seguinte, de chorar e de rir por causa deles e com eles e da parafernália de artigos que tinham estampadas as suas caras e as suas aventuras: a da Heidi (do avó e do amigo Pedro), a do Marco (que foi dos Apeninos aos Andes à procura da mãe), a da Abelha Maia (que voava sem parar) e a do pequeno viking Wicikie. Por esta ordem, estes foram os “desenhos animados” mais importantes da minha infância. Mas a melhor memória de todas, a que hoje me humedece os olhos, é a que me leva até à cama dos meus pais aos domingos de manhã, me deita no meio deles e ali me deixa ficar, quentinha e feliz, vendo mais um episódio da Heidi (a preto e branco).

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