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Nos dias de hoje, é cada vez mais comum ouvir falar em reabilitação no domínio da arquitectura. Paulatinamente, a preocupação com o património edificado, quer seja ele classificado ou não, tem ganho grandes contornos, não só a nível internacional como nacional, nomeadamente na nossa cidade. Quem, por exemplo, não fica rendido a um edifício, cuja fachada revestida a azulejaria de Rafael Bordallo Pinheiro, se encontra perfeitamente cuidada e preservada?!
Todavia, a reabilitação pode não passar somente pelos edifícios antigos e degradados. Esta pode ocorrer também em edifícios mais recentes, sem qualquer valor patrimonial mas com valor sentimental.
Reabilitação sempre foi um tema que me fascinou, daí tê-lo aprofundado durante os tempos de faculdade, gerando frutos. Actualmente dedico-me de corpo e alma à reabilitação de interiores, seja esta em edifícios antigos ou em edifícios mais recentes.
As áreas da casa mais desejadas para intervir são, sem dúvida, as cozinhas e as instalações sanitárias. Com o passar dos anos, e pelo uso, os revestimentos e mobiliário, vão ficando degradados e antiquados, daí a crescente necessidade de lhes dar uma nova roupagem.
Graças à crescente importância dada à reabilitação, todos os dias aparecem no mercado novos materiais que possibilitam a quase inexistência de obra dentro da habitação, minimizando custos e dores de cabeça.
Sabiam que existem cerâmicos tão finos, que podem ser aplicados sobre revestimentos existentes? Ou que podem aplicar papel de parede sobre azulejos? Sabiam ainda que existem vinílicos que imitam na perfeição a madeira ou a pedra e são ideais para executar pavimentos contínuos?!
É muito comum encontrar casas com paredes pintadas com tinta de areia, isto é, paredes de textura rugosa, que, até há bem pouco tempo, não permitiam a aplicação de papel de parede. No entanto, surgiu recentemente um material que é aplicado directamente sobre estas paredes e que viabilizam a aplicação de papel. Não é fabuloso?
Porém, aquilo que descrevi são processos simples que podem ser levados a cabo numa reabilitação de interiores, contudo, existe uma infinidade de trabalhos que podem ser executados numa habitação: ‘o céu é o limite’, já dizia Miguel de Cervantes. Admito que adoro demolir uma parede para ganhar área, mudar a disposição e organização das divisões, tudo em prol da valorização do imóvel.
Remodelar o interior de uma casa pode ser bastante stressante, mesmo antes da obra começar, por esse motivo, contactar profissionais qualificados nesta área é sempre uma mais-valia.
Sara Amorim Faria
Arquitecta na Love Design
