Tacho Solidário ajuda carenciados

Um grupo voluntário da Dagorda (Cadaval) juntou-se para criar o Tacho Solidário, destinado a reunir alimentos doados por comerciantes locais e a confeccionar refeições na escola. Depois distribuem comida feita e cabazes a pessoas carenciadas do Cadaval e de outros concelhos.
O Tacho Solidário surgiu de uma conversa entre Rita Pereira e Cláudia Fernandes, ambas da Dagorda, enquanto decorriam as confissões para a primeira comunhão na igreja local, e que logo se estendeu às boas vontades de várias pessoas.
No Tacho Solidário há uma pastelaria e uma padaria que oferecem bolos e pão, um particular que doou 120 ovos, um talho que deu carne e três voluntárias que fizeram 140 taças de arroz doce. O agrupamento de escolas do Cadaval cedeu as instalações para ali ser feita a comida e as quatro funcionários da escola prontificaram-se para, após o horário de trabalho, confeccionarem as refeições.
Na primeira distribuição foram entregues 60 refeições (frango guisado com massa e uma sopa de legumes) e 10 sacos de mercearias em Torres Vedras, a 2 de Julho. Uma semana depois, o grupo (que conta já com 12 elementos) foi a três praças de Lisboa, na zona da Sé, dos Anjos e no Cais do Sodré, proporcionar uma refeição quente a cerca de 120 sem-abrigo.
A equipa está a organizar grupos na Sobrena (Cadaval) na Vermelha (Cadaval) e em Campelos (Torres Vedras).
A distribuição é feita todas as segundas-feiras. Actualmente o Tacho Solidário necessita de uma carrinha às segundas-feiras, entre as 19h00 e as 23h00. Em comunicado, o grupo fez notar que está receptivo aos “restaurantes e pastelarias que tenham sobras ao domingo, e que queiram partilhar com aqueles que mais precisam”. Para tal devem contactar a organização através da página de Facebook. Essa é também a forma de requerer que o Tacho Solidário chegue a outros locais.
O grupo salienta que consegue que os jovens, por algumas horas, se distanciem das redes sociais e o “retorno das pessoas, com as quais nos cruzamos, faz-nos pensar que é preciso tão pouco para fazer alguém, nem que seja por algumas horas, um pouco mais feliz”.