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A sede da Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL), nas Portas de Santo Antão, recebe a 15 de Novembro uma conferência sobre as termas das Caldas da Rainha, com o tema “Um Valor Patrimonial ‘Único’ a Conservar/Modernizar”.
O colóquio é organizado em parceria pela Comissão de Protecção da Natureza e Secção de História da Medicina da SGL, Instituto Ricardo Jorge, Sociedade Portuguesa de História dos Hospitais, Turismo de Portugal, I.P. e Liga para a Protecção da Natureza.
Jorge Varanda, da organização, destaca que, de acordo com o estímulo da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao uso da medicina complementar nos sistemas de saúde, de forma integrada com as técnicas da medicina moderna, “é obrigatória a plena utilização das potencialidades do Hospital Termal Rainha D. Leonor”.
Na sua opinião, “não é razoável que tão elevado valor esteja sujeito a uma reduzida utilização e até ao encerramento como acontece actualmente, com abandono e degradação acelerada dos seus espaços verdes centenários”.Jorge Varanda salienta que o Hospital Termal das Caldas tem um carácter nacional e foi criado no espírito da misericórdia, defendendo que este deve voltar a ter uma existência autónoma e no domínio das instituições de solidariedade social.
“Esta visão contraria qualquer integração, como se passou nos últimos 50 anos com os centros hospitalares a que foi ligado, perdendo relevo, personalidade e as mais-valias que gerou”, disse.
No encontro a ter lugar na SGL, pretende-se debater a situação e avaliação do interesse médico, económico e histórico-cultural das termas das Caldas da Rainha.
Foram convidados a participar diversos especialistas e representantes de entidades ligados ao sector da saúde.
Durante a manhã as intervenções serão sobre “Termalismo e Saúde” e à tarde as apresentações dos convidados abordam o “Termalismo e Desenvolvimento”.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt
