Vitor Dinis é o porta-voz da nova Comissão de utentes do CHO

Cerca de 30 pessoas responderam ao apelo de Vítor Dinis e compareceram na sessão pública, que teve por objectivo pedir a demissão dos elementos da Comissão de Utentes pelo Hospital e eleger um nova comissão.
O autor da iniciativa explicou que a anterior comissão, que esteve em funções durante três anos, não fez praticamente nada, o que causou uma “imensa indignação nas pessoas”. Por não querer compactuar com a situação, o cidadão enviou um e-mail à presidente, Ana Voight, e ficou a saber que esta se tinha retirado da comissão por motivos de saúde. Falou também com os restantes elementos (José Carlos Faria, António Gonçalves, Nicola Henriques, Paulo Freitas e Jaime Neto) e aconselhou-os a promover uma reunião pública para fazer eleições e arranjar novos elementos. Uma vez que nada foi feito, tomou as rédeas à situação e promoveu ele mesmo uma sessão pública.
Aos presentes Vitor Dinis explicou que a comissão tem como missão ser porta-voz das pessoas do Oeste e esta é muito necessária. “Quero uma comissão mais interventiva e que represente o povo na área da saúde”, disse o cidadão, que começou a preparar-se para esta sessão em Novembro do ano passado.
“Uma melhor saúde é o objectivo principal” resumiu o novo porta-voz, acrescentando que agora serão estabelecidas as prioridades de trabalho. Entre elas está a colocação de informação relativa à comissão de utentes, juntamente com os respectivos contactos, no hospital caldense, dando assim oportunidade às pessoas de os contactar e apresentar as suas reclamações.
Entre os presentes houve quem criticasse a falta de actividade das comissões anteriores e defendesse que só um novo hospital poderá resolver os problemas da saúde na região. Melanie Russo partilhou as “situações horrorosas” que tem assistido no hospital. No entanto, ressalvou: “aos trabalhadores não posso apontar um dedo”.
Carla Jorge, porta-voz do movimento Precários do CHO, falou sobre a petição pela integração dos trabalhadores nos quadros, que entregaram na Assembleia da República, e que já baixou às comissões de saúde e do trabalho, para ser debatida.
A trabalhadora e utente do hospital caldense disse que o maior problema foi juntar os hospitais das Caldas e Torres Vedras, defendendo a separação dos equipamentos e deixou críticas às ultimas administrações do CHO.
A nova comissão, eleita com 20 votos a favor e dois em branco (alguns participantes saíram antes da votação), irá agora comunicar por escrito à anterior o resultado da reunião.