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Anúncio de Ricardo Fernandes sobre decisão do Governo quanto ao novo Hospital do Oeste causa mal-estar
A localização do futuro Hospital do Oeste está a acentuar a clivagem entre vários presidentes de Câmara da região e o “anúncio” do presidente da Câmara do Bombarral da escolha da Quinta do Falcão, por parte do Governo, durante uma reunião de autarcas com a ministra da Saúde, causou incómodo, nomeadamente junto de Vítor Marques.
Dias depois de negar, em declarações à Gazeta, que Marta Temido se tivesse comprometido com a escolha do Bombarral para receber o equipamento, o presidente da Câmara da Caldas da Rainha negou, “perentoriamente”, que na reunião realizada com a ministra da Saúde e a OesteCIM, no passado dia 10 de agosto, tenha sido assumido algum “compromisso político” quanto à localização do novo Hospital “e muito menos quanto à sua construção e execução física e financeira”.
O chefe do executivo municipal recorda que o que está em causa é um relatório intercalar do estudo sobre a “futura política pública de saúde do Oeste, que carece “de uma análise técnica e política aprofundada”, e que ainda que o mesmo “tenha de ser, de novo, ponderadamente apreciado pelos órgãos autárquicos” do município das Caldas, o documento não faz “a análise da envolvente do território, não tem em consideração as ofertas privadas de saúde e inclui outros territórios que beneficiam de outras ofertas hospitalares para além do CHO”.
Recordando que a Assembleia Municipal das Caldas já rejeitou, “por unanimidade”, a proposta da NOVA-IMS, Vítor Marques considera que este é um “estudo técnico que não é vinculativo e que pode suportar, eventualmente, as decisões políticas futuras do Ministério da Saúde e do Governo da República”, embora tenha sido “suportado financeiramente pelos municípios do Oeste, num processo substitutivo, uma vez mais, de uma competência da responsabilidade política do Governo”.
Na declaração, o presidente da Câmara das Caldas reclama, ainda, a inscrição no Orçamento de Estado de 2023 de verbas para o novo Hospital e para “financiar o plano diretor” do atual Centro Hospitalar do Oeste “e o seu programa de investimentos necessários e urgentes”.
Contactado pela Gazeta, o presidente da Câmara do Bombarral optou por reservar comentários sobre o assunto para as próximas semanas. ■
