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Dois dos principais mercados da época natalícia animaram a Garagem do Montepio e também a Rua Dr. Leão Azedo
Quem passou pela banca de Zélia Évora, no Bazar à Noite, que se realizou na Garagem do Montepio, entre os dias 6 e 8 de dezembro, deu-se conta que esta autora tinha uma novidade e, mais uma vez, dedicada à cidade. “É um baralho de cartas sobre as Caldas da Rainha, feito em linóleo”.
Este especial conjunto de cartas reflete a cidade, pois no reverso de cada uma está a Praça da Fruta. “Bordalo Pinheiro é o Joker, o Pelicano é o Rei, a nossa Rainha e o Pavão é o Valete”, contou a autora que fez 1080 impressões manuais, para poder concluir esta edição especial de 10 baralhos, numerados e assinados. “São todos diferentes entre si”, contou a autora que já fez também a Manta da Rainha, peça têxtil, adquirida pela Câmara e que esteve colocada no Hospital Termal. Cada “Cartas da Rainha” custa 125 euros e o conjunto possui uma bolsa “do tipo senhor dos Anéis”.
“Estou muito feliz com o resultado”, disse a autora que está envolvida em vários projetos artísticos da cidade como, por exemplo, na Ode à Primavera.
Também a designer de joias Liliana Alves inovou propondo aos visitantes que tivessem uma experiência de 30 minutos, permitindo às pessoas “terem um primeiro contacto com as ferramentas e técnicas de joalharia”, disse a autora que tem o seu atelier de joalharia nos Silos. onde ensina esta arte.
As pessoas tiveram a oportunidade de terminar uma peça simples, um colar para si ou para oferecer a alguém no Natal. A ideia pegou e foram várias as pessoas que saíram do Bazar com uma nova jóia.
A cantora Júlia Valentim, que também tem a marca Maria Fula, onde trabalha com produtos têxteis, aproveitou a realização do Bazar para apresentar novas almofadas que se distinguem pois são feitas com tecidos invulgares, cheios de figuras e cores.
Nicola Henriques, o organizador do evento considera que a edição do Bazar de Natal “está consolidada” e é dada prioridade aos que participaram em edições anteriores. “Temos 50 participantes, mais cinco do que ano anterior”, disse o organizador, contando que há participantes locais, regionais e um internacional. “Temos presentes vendedores de várias gerações, ou seja, há mais novos e mais velhos a criar e a vender”, rematou.
Ecomercado com mais participantes
O Ecomercado, que celebrou a sua 10ª edição, juntou 60 vendedores na Rua dr. Leão Azedo, junto à Rodoviária, no sábado, 7 de dezembro. Este mercado que se realiza ao ar livre tem características próprias já que os seus participantes têm preocupações ecológicas em relação aos produtos que apresentam.
Mariana Régio, uma das organizadoras, contou que uma das características da alimentação que é vendida neste evento é que é só de origem vegetal, vegetariana e vegana.
“Todos os produtos têm uma vertente mais ecológica e sustentável”, disse Mariana Régio que faz sobremesas veganas, sem glúten e também sem açúcar . Por toda a Rua Dr. Leão Azedo, agora transformada numa praça houve bancas de artesanato como cestaria, roupa com tingimento natural ou em segunda mão, produtos de cosmética natural, e até uma participante que estava a tatuar. “A maioria dos vendedores são da região Oeste apesar de contarmos com alguns projetos de Lisboa, do Porto e de Leiria ”, explicou. Além do Ecomercado de Natal, os organizadores fazem o Ecofestival, que tem lugar no Parque D. Carlos, no verão. Também realizam mercado na Páscoa e na altura do Caldas Late Night. Este último decorre ao cimo do Praça da Fruta. A ideia é que, em alturas de grande consumo “possamos oferecer ideias alternativas, mais sustentáveis”, rematou Mariana Régio. A próxima iniciativa eco terá lugar na Páscoa de 2025 nesta artéria citadina que muita gente já associa à realização deste evento que destaca a sustentabilidade. ■
