Exposição de Finalistas da ESAD com várias propostas até amanhã

Um dos trabalhos mais originais é o de uma aluna de Artes Plásticas, Maria Nélia, que encontrou dentro de uma casa abandonada nas Caldas uma série de objectos que pertenciam a uma família. A artista recolheu fotografias, peças de vestuário e medicamentos, entre outros, que agora estão expostas, em conjunta com uma maquete onde assinala o local em que cada um dos objectos foi encontrado.
Outra aluna, mas o curso de Design de Ambientes, Ana Rita Ferreira, propõe para os Pavilhões do Parque que estes se tornem num centro criativo, com atelieres, espaços de trabalho, convívio e restauração, apresentando para isso uma maquete. “Por ser um edifício abandonado e degradado, peculiar na sua forma e tamanho, achei interessante dinamizar este espaço”, explicou.
Mas são vários os trabalhos originais apresentados e que demonstram como a ESAD é um centro criativo e artístico por excelência. Os alunos do curso de Design Gráfico, por exemplo, apresentam várias propostas de rótulos para garrafas de vinho, mas também de embalagens de aperitivos ou de mercearias gourmet, entre outras.
No curso de Design Industrial foram abordados vários exercícios, com abordagens a temas como “Música” ou “Caixotes”, cujo resultado final é agora apresentado. Há, por isso, muitas propostas de novos objectos, com funções tão díspares como uma guitarra eléctrica ou um leitor de MP3 numa estrutura de um rádio antigo.

Seis semanas de exposição

Tal como vem acontecendo nos últimos dois anos, os trabalhos estão apenas expostos no edifício da ESAD e desta vez a exposição apenas esteve patente durante seis dias.
Segundo Ana Sacramento, sub-directora da ESAD, “o ano passado fizemos a exposição nesta altura e verificámos que havia poucos visitantes e muito dispersos, por isso optámos por um período mais curto, de maneira a concentrar as visitas numa só semana”.
Como há ainda alunos que estão em exame de recurso “torna-se um bocado pesado conseguir assegurar a exposição”, adiantou a responsável.
Em relação ao curso de Artes Plásticas, como há alunos que estão a terminar os seus trabalhos, irá acontecer uma outra exposição em Setembro, destinada principalmente aos galeristas profissionais.
“Em diálogo com os alunos chegámos à conclusão que seria negativo para o próprio curso de Artes Plásticas não estar representado agora em Julho” e por isso a maior parte terá acabado por participar neste evento também. O curso de Teatro tem também apenas uma pequena mostra de figurinos e algumas fotografias, porque os alunos já terminaram as aulas há algum tempo.
Ana Sacramento salientou que já experimentaram vários formatos, com a deslocalização em vários locais (como os antigos silos da Ceres) e realizando a exposição em Outubro, mas acabaram por optar apenas pelo espaço da própria escola e em Julho. “Devido às limitações que temos de recursos materiais tornava-se difícil de compatibilizar a exposição fora da escola e o decurso normal das aulas, porque eram necessários esses meios técnicos”, explicou.
Por outro lado, muitos dos finalistas acabavam por já não estar disponíveis depois do verão, porque arranjavam emprego ou estavam ocupados com outros eventos.
Há opiniões divergentes sobre se é melhor estarem apenas na escola ou ocuparem outros espaços nas Caldas. “Como em tudo nas artes nada é consensual”, comentou Ana Sacramento, acrescentando que no próximo ano poderão voltar a expor fora da ESAD.

ESAD encerrada durante duas semanas

~A Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha vai estar encerrada durante a segunda e terceira semana de Agosto, de 8 a 19. A medida foi decidida pelo Instituto Politécnico de Leiria como forma de contenção de custos.
“Os serviços mínimos são assegurados ao nível central pelo IPL”, explicou a sub-directora, Ana Sacramento.
Embora o edifício esteja encerrado ao público, alguns funcionários irão estar na biblioteca a fazer o seu serviço. A ESAD tem 16 funcionários, para além dos docentes que habitualmente estão de férias nesta semana, que terão concordado com a medida.
No caso dos funcionários que não pudessem alterar a data das suas férias, foi dada a possibilidade de trabalhar na biblioteca ou nos serviços centrais, em Leiria.
Segundo a responsável, ninguém será prejudicado com este encerramento, até porque Agosto era um mês em que normalmente se fazia a limpeza anual de todos os edifícios e as manutenções necessárias aos equipamentos. Este ano esse serviço será feito nestas duas semanas.