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A 20ª edição do festival Marionetas na Cidade terminou no domingo e atraiu centenas de pessoas durante o fim-de-semana à Praça 25 de Abril (Alcobaça). Segundo a organização, estiveram cerca de mil pessoas em cada dia e a programação escolar (que se realizou durante a semana) ficou esgotada.
Foram 21 espectáculos de 12 companhias de teatro de seis países (Portugal, Itália, França, Espanha, Argentina e Hungria) e uma oficina de construção de marionetas para toda a família, dinamizada pela Companhia Marionetas da Feira.
Na noite de sexta-feira 13, foi apresentado o “Arabesco” da Red Cloud, o único espectáculo pago, que foi visto por 40 pessoas. Mais do que um espectáculo de marionetas sobre os contos de Edgar Allan Poe, esta é uma peça que reúne em palco várias artes e as conjuga para criar um cenário assustador e cheio de intensidade, bem ao estilo do autor.
Com excertos de vários contos, “Arabesco” é uma mistura feliz entre o teatro tradicional e as marionetas, o som e os silêncios, a luz e as sombras, o vídeo e a dança.
Na noite de sábado foi apresentado no cine-teatro o making of do espectáculo Lúmen, que foi feito pela SA Marionetas. Lumen envolveu uma centena de participantes de seis associações do concelho e no filme percebe-se todo o processo de construção das dez marionetas (duas delas gigantes).
Na mesma noite foi apresentado o documentário “A vida por um fio”, de José Ricardo Pinto, que será transmitido na RTP2. Este é um filme sobre o teatro de marionetas nacional e conta com a colaboração da companhia alcobacense que organiza há 20 anos o Marionetas na Cidade.
Este ano o festival voltou a receber o selo EFFE, válido por dois anos. As últimas duas edições já contaram com este galardão, que foi pela primeira vez entregue em 2015. O orçamento do festival ronda os 20 mil euros.
José Gil, director artístico da SA Marionetas, disse que nesta edição tiveram mais público devido às boas condições meteorológicas. “Nos últimos 20 anos choveu três vezes na altura do festival”, fez notar, esclarecendo que nos últimos dois anos houve espectáculos cancelados devido à chuva.
José Gil salientou que esta foi a programação mais internacional, mas foi também “uma festa de amigos”, uma vez que os alcobacenses convidaram bonecreiros que conhecem das idas ao estrangeiro (onde têm sido várias vezes premiados).
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