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Bárbara Paz, a actriz brasileira, premiada recentemente no festival de Veneza pelo filme ‘’Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou’’, veio ao Fólio em Óbidos fazer a apresentação do livro sobre a fase derradeira do seu marido, um célebre realizador argentino Hector Babenco, naturalizado brasileiro, que foi autor de algumas obras emblemáticas.
Com este filme sobre Babenco (1949-2016), Bárbara Paz conquistou o prémio de Melhor Documentário em Festival de Veneza de 2019, numa obra íntima e pessoal sobre a história da sua relação e da partilha de ideias e de destinos, com aquele que foi seu companheiro até à morte.
A artista brasileira narrou de forma emocionada o que foi a história do seu conhecimento e vida com Héctor Babenco, falecido em 2016, utilizando um conjunto de testemunhos e de imagens do período crítico da vida do realizador e poeta argentino, que viveu a maior parta da sua vida no Brasil.
De uma forma emocionada e emocionante, descreveu a fase derradeira, narrando histórias como da despedida de Veneza e da série de encontros e desencontros cujas coincidências a desconcertam, e que ela transformou num documentário intitulado “Babenco — Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”.
Bárbara Paz é uma actriz brasileira do teatro, cinema e telenovelas, que conheceu o realizador que viria a ser seu marido, num festival literário de Paraty no Brasil, enamorando-se por ele em 2007 e vivendo a fase final da sua vida, recolhendo pacientemente os seus testemunhos e imagens dessa percurso que o levou até ao momento da morte.
Babenco por seu lado realizou no Brasil inúmeros filmes como O Rei da Noite (1975), Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980), O Beijo da Mulher Aranha (1984) (que deu o Óscar de melhor ator a William Hurt), Ironweed (1987), Brincando nos Campos do Senhor (1990), Coração Iluminado (1998), Carandiru (2003), O Passado (2007) e Meu Amigo Hindu no ano em que morreu.
O filme Pixote é uma célebre história dramática muito famosa realizada no final da década de 70 e apresentado em 1980, em que se faz o relato trágico e documental dos jovens delinquentes nas ruas da grande metrópole de S. Paulo, documentando a passagem da idade infantil para o crime, a prostituição e a violência, que tem sido a dura realidade daquele país. Este filme tornou-se num dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos para a crítica brasileira de cinema.
No Folio Bárbara, testemunhou esta sua experiência pessoal e artística, para apresentar o livro Mr. Babenco — Solilóquio a dois sem um, que inclui para além do seu testemunho de vioda com o realizado, poemas inéditos daquele.
