Guimarães no caminho do Sp. Caldas no play-off da I Divisão

O Sp. Caldas só dependia de si mesmo para garantir o apuramento para o play-off de apuramento campeão da I Divisão e garantiu os três pontos de que precisava para não ficar dependente de terceiros. A vitória sobre o Leixões garantiu então o oitavo lugar, que significa que os caldenses vão esgrimir-se agora com o quinto, o V. Guimarães.
Os caldenses entraram decididos e venceram o primeiro set com grande facilidade. Mesmo sem Calaça, a cumprir castigo, e com a referência do centro da rede Nuno Pereira fora do jogo logo nos instantes iniciais com uma lesão, os caldenses mostravam grande superioridade em todas as acções de jogo e venceram rapidamente o primeiro set.
No segundo os comandados por Júlio Reis abrandaram um pouco o ritmo e o Leixões passou a discutir os pontos, segurando até uma vantagem de um ponto até ao 14-14. A partir daí os caldenses conseguiram acelerar o jogo. É a partir desta altura que começa a emergir na partida Tiago Pereira, que acabou por ser o melhor pontuador dos caldenses na partida e uma das referências para a conclusão dos pontos.
Com uma ponta final à imagem do primeiro set, o Sp. Caldas conseguiu cavar um fosso de cinco pontos até ao final do set.
Com tudo para fechar o jogo a três sets e em pouco mais de uma hora, os caldenses patinaram de forma até algo inexplicável no terceiro parcial. Depois de dominar claramente o início do set, chegando a uma vantagem de cinco pontos, uma série de erros permitiram um parcial de 0-6, ampliado depois para 1-9, que colocou os leixonenses na frente por 11-14. Os caldenses chegaram a empatar a 15 pontos, mas nem embalados por um Luís Moreira endiabrado foram capazes de dar a volta ao texto e os visitantes venceram o set por 22-25.
O desfecho trouxe alguma intranquilidade aos caldenses, que apesar de iniciarem bem o quarto set, voltaram a deixar os visitantes fazer seis pontos consecutivos. Desta vez, porém, a resposta foi positiva, com o banco a permitir encontrar soluções diversas para as diferentes fases do jogo.
Segue-se já este sábado a recepção ao V. Guimarães para a primeira eliminatória de um play-off discutido à maior de três jogos. A equipa vencedora permanece na disputa de campeão, a derrotada entra no play-out de manutenção.

Miguel Agapito, jogador do SCC

Fase decisiva

Os três pontos eram importantes e podemos agora ir disputar o play-off com o quinto classificado. É o que vai decidir muito do que é a nossa época e se conseguimos ou não alcançar o nosso objectivo. Aconteceu-nos a situação do Nuno, que é um jogador importante na nossa equipa, conseguimos ultrapassar essa dificuldade, penso que as intranquilidades que existiram temos que as ultrapassar para ultrapassar outras dificuldades que nos vão surgir. A nível pessoal está a ser uma época difícil porque estou a conciliar os estudos com o vólei e não tem sido de todo fácil. Estou satisfeito com o que tenho feito e ter jogado foi importante para ganhar um pouco de moral.

Francisco Matos, tr. adjunto do SCC

Ganhar a batalha

Tivemos duas fases más no jogo. Vencemos tranquilamente os dois primeiros sets, depois aos 10-5 do terceiro quebrámos, deixámo-los fazer seis pontos seguidos e entrar no jogo. No quarto set cometemos o mesmo erro mas desta vez não os deixámos ganhar o set.

Estamos no play-off, é o mata-mata, cada jogo é uma decisão e estamos preparados para isso, esperamos que com menos lesões porque tem sido difícil a esse nível. Tínhamos finalmente os dois centrais titulares, agora o Nuno lesionou-se. Vamos jogar com o Guimarães, vai ser difícil para as duas equipas, mas num dia normal podemos ganhar-lhes. Jogamos primeiro em nossa casa e depois vamos à terra de D. Afonso Henriques tentar ganhar a batalha.