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Sempre ouvimos dizer que “o mundo é pequeno”. Os cientistas sociais comprovaram-no cientificamente na “teoria do pequeno mundo”: com duas “vagas” de apertos de mão, cumprimentamos cerca de 90.000 pessoas, já que cada um de nós conhece pelo primeiro nome, em média, trezentas pessoas. Por outro lado, entre nós e qualquer pessoa no mundo, existem apenas cerca de seis indivíduos, pelo que, se precisa de contactar um pintor americano, um agricultor chinês ou um taxista argentino, só precisa de conhecer alguém, que saiba de alguém, que ache alguém, e lhe diga de alguém, que encontre alguém, para lhe dar o contacto que precisa. Ou, mais simplesmente, vá ter directamente com essa pessoa, se souber onde encontrá-la.
Cada um de nós possui a sua própria rede social, com características únicas em termos dos elementos que a compõem e das interacções que se estabelecem, quer do ponto de vista quantitativo, quer qualitativo. Quando se conhece alguém, passa-se a integrar a sua rede de contactos (e vice-versa), alargando-se imediatamente o horizonte social e, por essa via, as oportunidades que daí emergem. O mundo é realmente pequeno e, através da colecção de conhecimentos, podem resolver-se problemas que, de outro modo, não seriam [tão bem] resolvidos. Nesse sentido, as pessoas com quem nos relacionamos são, provavelmente, a nossa maior riqueza, podendo cada uma delas ser extremamente útil, num certo momento, para uma certa finalidade.
De acordo com a distinta Confraria dos Sortudos, as pessoas com mais sorte e sucesso na vida são aquelas que mais interagem socialmente, mais estabelecem contacto visual e mais exibem uma postura aberta e descontraída. Por outro lado, são também aquelas que mais simpatia e confiança transmitem e mais ajudam os outros a ter sorte, fazendo-o muitas vezes unilateralmente. De facto, ocorre um processo de contágio e feedback emocional, também conhecido por “comportamento gera comportamento”, que beneficia aqueles que, inteligentemente, tomam a decisão de o iniciar, mesmo em situações pouco favoráveis. Por isso, ponha a timidez de lado e faça mais conhecimentos e amizades, não esperando nem exigindo reciprocidade. E sorria, porque os sortudos sorriem o dobro dos azarentos.
