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Depois de ir ao meu médico de família, pois ficava sem força no pé esquerdo, aquele mandou-me fazer um R/X com incidência em carga.
Disseram-me que este exame era feito no Montepio Rainha D. Leonor, o que estranhei, julgando que o faria no Hospital, pois este é público e o Montepio é privado (por acaso até sou sócio).
Quando lá cheguei para marcar o exame, foi-me dito que o aparelho estava avariado e não tinham previsões para estar reparado!
Fui mais duas vezes saber “novidades” e nada de reparação.
Alternativa: ir ao Hospital a Peniche, Benedita ou Nazaré!
E lá fui eu à Nazaré, onde fui muito bem atendido, de imediato, sem qualquer marcação!
Agora, resta-me lá voltar novamente para levantar os resultados!
E os utentes mais idosos e com poucos recursos financeiros, como é?
Quem me explica?
Fernando Santa-Bárbara
NR – Gazeta das Caldas mandou esta carta para a ACES Oeste Norte e para o Montepio, tendo recebido as seguintes respostas:
Resposta do ACES Oeste Norte
Os exames complementares prescritos nas unidades do ACeS Oeste Norte são efectuados por prestadores ao abrigo da convenção com a ARSLVT e segundo uma lista de fornecedores, que poderá ser fornecida na própria USF.
Não existe acordo com os serviços de radiologia do Centro Hospitalar do Oeste para a realização de exames a utentes que não sejam prescritos por médicos da unidade hospitalar.
Esta direcção não tem informação sobre as condições do equipamento da entidade convencionada.
Ana Maria Pisco
Diretora Executiva do ACeS Oeste Norte
Resposta do Montepio
1º No passado dia 7 de abril, pelas 16h30, o aparelho de Rx em uso no Montepio Rainha D. Leonor deu sinais de avaria, tendo de imediato sido solicitada assistência técnica ao representante do fabricante;
2º No dia 8 de abril, os técnicos apresentaram-se no Montepio logo de manhã, não tendo sido possível pôr o equipamento a trabalhar, pois mantinham-se as mensagens de erro, o que motivou a que se suspendessem os exames programados e não emergentes, por inoperacionalidade do equipamento, tendo ficado o serviço interno assegurado por equipamento portátil existente na Instituição;
Durante todo esse dia os técnicos trabalharam no equipamento, sem sucesso dada a gravidade da avaria, tendo-se decidido proceder à substituição de algumas placas eletrónicas, que entretanto levaram mais de 48 horas a chegar ao local, pois foram expedidas de Itália e França, por não existirem disponíveis em Portugal;
3º Depois de montadas as placas, persistiram avarias que implicaram o recurso a mais componentes, cuja montagem só viria a terminar no dia 12 de abril, pelas 17h35, retomando-se, de imediato, os exames, ainda que algo condicionados e conscientes de que o equipamento ainda não se encontrava (nem se encontra) totalmente operacional, mas considerámos mais importante recuperar e garantir aos nossos utentes a execução dos exames mais urgentes, estando apenas suspensos os exames que implicam diretamente com o tipo de avaria que persiste;
4º Tratando-se de uma situação extraordinária e portanto, não evitável ou programável, a recuperação da lista de espera entretanto surgida foi de imediato minimizada com o recurso a horas extras de abertura do serviço e de permanência dos técnicos, médicos radiologistas e pessoal administrativo, estando já praticamente ao nível anterior à avaria.
Ora, ao Montepio Rainha D. Leonor não poderão ser assacadas responsabilidades pelo seu equipamento ter avariado e não haver alternativas disponíveis na cidade, nomeadamente na impossibilidade de recurso ao equipamento que se encontra instalado no CHO.
A título informativo, dou ainda conhecimento de que o Conselho de Administração do Montepio Rainha D. Leonor deliberou e adjudicou a instalação de uma segunda sala de Rx, cuja montagem deverá ficar concluída até finais de junho, data a partir da qual procederá à reparação do equipamento ainda parcialmente condicionado, permitindo-se, desta forma, a não interrupção da generalidade dos exames.
José Manuel Netas
Secretário-geral
