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Zé Povinho, atento às novas tendências da mobilidade, não pode estar mais de acordo com a criação de um novo cartão intermodal que permitirá aos caldenses usar o mesmo título de transporte nos autocarros entre as freguesias e a cidade e até ir a Lisboa e andar no Metro, autocarros, barcos e elevadores.
A existência deste tipo de cartões quebra barreiras à utilização de vários modos de transporte nas deslocações urbanas e semi-urbanas e torna os transportes públicos mais atractivos para os cidadãos.
Por isso está de parabéns a Rodoviária do Oeste, na pessoa do seu administrador Eng. Orlando Ferreira, por esta iniciativa que, tal como ele diz, ainda por cima é mais cara para a empresa, mas mais vantajosa para os seus clientes.
Naturalmente que o vereador com o pelouro da Mobilidade, o Dr. Hugo Oliveira, colhe também os louros desta novidade, a qual constitui uma mais valia para os munícipes. Mas Zé Povinho cumprimenta-o ainda pela excelente ideia de tentar criar uma ligação entre os transportes urbanos das Caldas e de Óbidos. Um desafio lançado ao concelho vizinho e do qual se espera o máximo de apoio e de adesão.
Não fica bem a um director de um estabelecimento de ensino assumir uma postura ausente e opaca, fugindo às questões incómodas e colocando uma agência de comunicação a filtrar as perguntas e respostas com a comunicação social.
Mas é precisamente isso que tem feito o novel director do Colégio Rainha D. Leonor, e também seu proprietário, Dr. António Calvete, que agora veio assumir as funções da sua antiga directora, Paula Rente.
As dificuldades do grupo GPS, do qual é co-proprietário e administrador, são conhecidas, sobretudo desde que a sua imagem ficou afectada pelas buscas da Policia Judiciária a vários colégios (incluindo os das Caldas), por suspeita de corrupção e branqueamento de capitais.
Para piorar a situação, o Colégio Rainha D. Leonor perdeu em Janeiro passado um dos elementos da direcção, seguindo-se agora a directora. As razões destas rescisões – ou terão sido despedimentos? – são nebulosas e nada confortáveis para o Dr. António Calvete.
Mas o seu estilo de gestão também não tem ajudado a apaziguar a turbulência que atravessa o Colégio. O patrão da escola correu com as equipas que treinavam no pavilhão gimnodesportivo, devidamente autorizadas pela Câmara das Caldas no âmbito de um acordo entre a autarquia e o Colégio. Um episódio não explicado pelo seu director e mal explicado pelo vereador da Educação e Desporto, Eng. Alberto Pereira.
Perante tanta falta de transparência, Zé Povinho recomenda ao Dr. António Calvete a leitura deste excerto:
“(…) contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, criativo e crítico, tendo como referência os valores de direitos humanos”.
Faz parte do projecto educativo do colégio do qual é director.
