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Fiquei muito contente com a notícia neste jornal que vai ser feita uma intervenção de recuperação no monumento do Santuário do Senhor da Pedra, há vários anos que está a necessitar da mesma.
Estamos a falar de um monumento, que eu saiba, único no mundo pela sua arquitetura em forma hexagonal e bem assim, a sua construção interior que é construído por paredes duplas que torna possível circular pelo seu interior, um monumento única digno de uma excelente conservação.
A minha última visita foi feita acerca de 4 anos, quando tive como trabalho na Esad a construção de uma maket do mesmo e fui surpreendido, com as péssimas condições em que o mesmo se encontrava no seu interior, com centenas de casulos de abelhas mortas, pombos mortos, ninhos de pássaros, alguns móveis e telas mal tratados, divisões com musgo derivado às infiltrações e em virtude de se encontrarem janelas abertas.
Tudo isto para dizer, depois de ver a preocupação por parte dos seus responsáveis com as verbas na sua recuperação que vão ser necessárias, mais preocupante na minha opinião, não é o montante que ali se vai investir com a mesma, mas sim, a forma como vai ser adjudicada a obra de recuperação e com que garantias de qualidade a mesma vai ser feita.
O último restauro foi feito em 1990, mas passados meia dúzia de anos já estava num estado de degradação vergonhoso, lastimável e a necessitar de uma recuperação.
Não pensem as pessoas que decorrido 26 anos após a última intervenção, só agora começou a necessitar da mesma, o que seria muito bom, se efetivamente só nesta altura fosse necessária.
Deixo aqui desta forma a minha preocupação por um monumento que merece todo o carinho e que mais importante que os montantes que ali se vão aplicar, será a garantia por parte a quem for adjudicada a obra, que a mesma seja bem-feita com aplicação de materiais de muita qualidade e lavrado um termo de responsabilidade da mesma.
Vítor Diniz
